Utilização da terapia fotodinâmica em candidíase oral
Resumo
Introdução: A candidíase oral é ocasionada por leveduras do gênero Candida, principalmente pela Candida albicans, os fatores de risco estão relacionados com a má higienização da cavidade oral, hipossalivação, utilização de prótese dentária não adequada, individuo imunodeprimido, má nutrição, dentre outros. Sendo característico a presença de placas pastosas brancas na língua, palato e/ou na mucosa oral, essas placas são facilmente removidas ao realizar raspagem com espátula ou gaze. O tratamento é realizado principalmente com a utilização de medicamento anti fúngico, sendo administrados por via oral com a realização de bochecho ou via endovenosa, sendo essencial a manutenção da higiene oral. A utilização da terapia fotodinâmica (PDT) é uma alternativa para o tratamento coadjuvante, porquanto as bactérias, vírus e fungos são sensíveis a esta terapêutica, é um método de fácil aplicação, indolor para o paciente e não é invasivo, devendo ser aplicado sobre o local o azul de metileno em seguida o PDT com a dose de 9J/cm² pontual. Objetivo: Relatar a utilização da terapia fotodinâmica em um paciente com candidíase oral. Método: Trata-se de um relato de caso, vivenciado pelas residentes do Programa de Residência Multiprofissional, em um hospital de retaguarda de Campo Grande-MS, com aprovação do CEP sob o número 2.049.316. Resultados: Paciente do sexo masculino, 29 anos, vítima de acidente motociclistico, sendo diagnósticado com Traumatismo Cranioencefálico (TCE). Paciente restrito ao leito, em estado neurovegetativo persistente, emagrecido, anictérico, acianótico, normocorado, pele íntegra e hidratada. Dieta exclusiva por via nasoenteral. Lábios e mucosa oral normocoradas, dentição preservada, produção salivar preservada, higiene oral irregular, com saburra característico de candidíase oral. Em ventilação espontânea sem auxílio de oxigênio complementar, em uso de traqueostomia nº 8,0 com cuff desinsuflado em macronebulização em ar comprimido 5L/min. A odontóloga realizou avaliação da cavidade oral deste paciente, sendo confirmado a presença da candidíase oral. A residente de enfermagem realizava a higiene oral deste paciente com clorexidine 0,12%, após a higienização era aplicado o azul de metileno sobre a língua, por conseguinte iniciava a terapia fotodinâmica (PDT) com a utilização do laser de baixa potência com a dose vermelho 9J/cm² pontual. Após 4 dias da aplicação desta terapêutica a odontologista reavaliou a cavidade oral do paciente, verificando que já não havia candidíase oral. A cuidadora recebeu orientações para manter os cuidados com a cavidade oral do paciente. Durante o tratamento com o PDT, não foi necessário a utilização de medicamentos anti fúngicos. Conclusão: É possível verificar os benefícios do PDT, pois é uma terapêutica não invasiva, é indolor durante o procedimento e de fácil manejo. Os resultados obtidos foram satisfatórios, visto que após 4 aplicações do PDT a candidíase já não encontrava se na cavidade oral, melhorando o aspecto bucal e proporcionando conforto para o paciente.
Palavras-chave: Candidíase bucal. Enfermeira. Enfermeiro. Odontólogo. Laser.
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