Avaliação cognitiva dos acadêmicos matriculados na universidade da melhor idade
Resumo
Conforme dados referentes a Projeção da População, divulgada em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE (IBGE, 2018), o número de pessoas idosas no Brasil aumenta significativamente ao longo dos anos e, embora isso signifique uma melhora nos indicadores de saúde, envelhecer saudável tornou-se uma das preocupações para as políticas públicas, sobretudo sobre as funções cognitivas. Os objetivos deste estudo foram: reavaliar as funções cognitivas de 10 acadêmicos da Universidade da Melhor Idade (UMI)/Universidade Católica Dom Bosco (UCDB); analisar e comparar os resultados obtidos com seu ingresso em 2018. A coleta de dados para esta pesquisa aconteceu no primeiro semestre de 2019 e o estudo contou com a aprovação do Comitê de Ética e pesquisa da Universidade Católica Dom Bosco (CAAE 42639215.7.0000.5162). A avaliação das habilidades cognitivas aconteceu por meio do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) e da versão brasileira do Exame Cognitivo Addenbrooke - Revisado (ACE-R), além da verificação dos níveis de depressão pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS). A versão do ACE-R, tal como os demais instrumentos utilizados na pesquisa, demonstrou sua eficiência na avaliação neuropsicológica, além de analisar a eficácia nos vários domínios cognitivos. Possibilitando assim, a construção de um projeto terapêutico singular em acordo com as disfunções encontradas. Os resultados demonstraram a importância da detecção precoce de disfunções cognitivas para que torne-se possível elaborar propostas de intervenção e de prevenção para a população.
Palavras-chave: Saúde. Cognição. Idosos. Qualidade de Vida. Senescência. Envelhecer.
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