Cuidado de enfermagem na pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica: um relato de experiência

  • Sarah Larrosa Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Gabriella Figueiredo Marti Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Ana Paula de Assis Sales Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Resumo

Introdução: a pré-eclâmpsia é uma das complicações da Síndrome Hipertensiva Específica da Gestação (SHEG) e quando sobreposta à hipertensão crônica, intensificada pelo processo fisiológico da gestação resultante do aumento do volume plasmático materno, acentua ainda mais o risco de morbimortalidade materno-fetal. Objetivo: relatar a assistência de enfermagem no processo de cuidar a uma gestante com pré-eclâmpsia. Material e método: trata-se de relato de experiência, desenvolvido durante a prática específica de uma disciplina curricular, que contou com a escolha de um caso clínico e acompanhamento de uma gestante com a SHEG, utilizando a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e a análise documental do prontuário para avaliar os seguintes dados: história clínica pregressa, exames laboratoriais, evolução diária por meio da elaboração dos diagnósticos de enfermagem e evolução diante das intervenções de enfermagem. Resultados: a tríade clássica de sintomas manifestada (hipertensão arterial, edema e proteinúria) exibe a proteinúria como patognomônica desta SHEG, evidenciada principalmente pelo exame de relação entre proteina e creatinina ≥ 0,3, além da sobreposição da hipertensão crônica ao aumento de pressão desencadeado pela pré-eclâmpsia. A SAE permite elaborar um processo de enfermagem centrado nas respostas humanas e necessidades à saude de forma holística/individual. As evidências científicas apontam a SHEG como a primeira causa de internações e mortes no ciclo gestatório, assim, o enfermeiro deve apropriar-se do conhecimento clínico-epidemilógico para monitorar, na Rede de Atenção a Saúde, mulheres nesta condição, atentando-se aos fatores preditores de risco (hipertensão crônica, obesidade e diabetes mellitus, por exemplo). Conclusões: portanto, entende-se que a hipertensão prévia propicia o aumento da permeabilidade capilar, que culmina no edema, seguida pela hemoconcentração que possibilita a redução da taxa de filtração glomerular provocando a proteinuria, evoluindo para outras complicações que podem ser monitoradas pela SAE.

 

Palavras-chave: Pré-eclâmpsia. Hipertensão arterial. Hipertensão induzida pela Gravidez.

Publicado
2021-12-24
Como Citar
LARROSA SILVA, S.; FIGUEIREDO MARTI, G.; DE ASSIS SALES, A. P. Cuidado de enfermagem na pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica: um relato de experiência. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 7, n. 2, p. 33, 24 dez. 2021.