Lesões crônicas e agudas

prevalência em atendimento fisioterapêutico na Saúde Pública de Campo Grande – MS

  • Renato Silva Nacer Centro Universitário UNIGRAN Capital (UNIGRAN CAPITAL)
  • Allanys Gabrielly Maidana de Souza Barbosa Centro Universitário UNIGRAN Capital (UNIGRAN CAPITAL)

Resumo

Introdução: A busca pelos serviços de reabilitação na população do município de Campo Grande se deve em sua maioria por lesões em acidentes e nos ambientes laborais1 .O acesso aos serviços gratuitos de fisioterapia no recorte da Saúde Pública é restrito em função da quantidade limitada de unidades especializadas em territórios de abrangência. Portanto, os serviços de fisioterapia podem sofrer com a lotação na fila de espera e a demanda populacional pode ser superior aos recursos humanos disponíveis. Objetivos: Investigar a prevalência de lesões crônicas e agudas dos pacientes encaminhados para a Unidade Especializada em Reabilitação e Diagnóstico (UERD) e relação de espera pelo atendimento fisioterapêutico. Métodos: Estudo do tipo transversal e comparativo. A pesquisa faz parte de uma série de dados coletados por meio do Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde, ciclo 2022/2023. O projeto foi aprovado pela Portaria GAB/SGTES n° 5, de 9 de junho de 2022 do Ministério da Saúde e está em conformidade com a Resolução 580/18. Foram coletaram dados de prontuários de todos os pacientes que passaram pela UERD de maio a dezembro de 2022 e foram considerados os dados que indicavam uma lesão crônica ou aguda e os períodos de solicitação e de início do atendimento, sendo esse último filtrado em cada mês para coletar dados em um recorte temporal de 3 meses a fim de investigar com maior proximidade a espera pelo atendimento. Os dados foram computados em uma planilha do Excel e filtrados segundo a ferramenta do aplicativo para análise quantitativa. Resultados/Discussão: Foram avaliados 136 prontuários. 59 pacientes foram classificados como “lesão crônica” e 77 pacientes foram estratificados como “lesão aguda".  Em razão da diversidade de modelos de encaminhamento, não foi possível mensurar precisamente a data do pedido de atendimento na UERD de todos os pacientes e, portanto, o tempo médio de espera. Alguns pacientes são atendidos como prioridades em razão da gravidade de sua condição; neste caso, foram encontrados 21 pacientes que foram atendidos em pelo menos 3 meses (27% do total de lesões agudas) , o que corresponde ao período que delimita uma lesão aguda. Ainda assim, pacientes categorizados como crônicos foram encontrados nessa limitação de tempo, indicando que o encaminhamento fora tardio . Todos os pacientes encaminhados são oriundos da Saúde Pública. Nesse âmbito, o profissional fisioterapeuta é preparado para promover recuperação e prevenção para um retorno funcional de sucessos2. O tratamento conservador é indicado em muitas situações e deve ser preconizado o quanto antes. Em razão da superlotação dos locais de atendimento, a falta de infraestrutura e financiamento inadequado, a população apta para acessar a Atenção Secundária não recebe a devida alocação no sistema, sendo exposta então a piora de sua situação de saúde. Conclusão: Pode-se concluir que a maior parte dos atendidos pela UERD eram pacientes com lesões agudas. Dentre esses, uma pequena parcela era atendida em período correspondente à cronicidade da lesão. São necessários mais investimentos em infraestrutura e recursos para maior alcance da população.

Referências

Silva MA, Santos ML, Souza LA. Fisioterapia ambulatorial na rede pública de saúde de Campo Grande (MS, Brasil) na percepção dos usuários: resolutividade e barreiras. Interface (Botucatu) [Internet]. 2014 [citado 2023 mai. 29]; 8(48): 75-86. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1807-57622013.0264. doi 10.1590/1807-57622013.0264.

Aroeira RMC. O papel da fisioterapia no cenário da saúde pública no Brasil. Rev Ciên Saúde Coletiva [Internet]. 2022 [citado 2023 mai. 29]; 27(06): 2108. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232027276.05492022. doi 10.1590/1413-81232027276.05492022
Publicado
2023-12-31
Como Citar
SILVA NACER, R.; MAIDANA DE SOUZA BARBOSA, A. G. Lesões crônicas e agudas. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 9, n. 2, p. 13, 31 dez. 2023.