A incidência de sífilis adquirida na população masculina nas capitais brasileiras 2021 a 2021
Resumo
Introdução: A inclusão da população masculina passou a ser discutida pelas equipes de saúde visto a baixa procura em consultas de rotina dessa população, onde somente procuram os serviços de saúde com queixas agudas. As dificuldades descritas em relação a não adesão do homem aos serviços de saúde, incluem: não considerar a prevenção em saúde algo importante, não gostar de frequentar os serviços de saúde, questões relacionadas ao trabalho, indisponibilidade de tempo, desconhecimento sobre o direito de participar da consulta pré natal e desinteresse muitas vezes, medo, falta de acessibilidade, escassez de insumos, etc¹,². Concomitante a isso, a atenção primária por seu caráter abrangente, tem papel de elaborar estratégias para o controle de infecções, por meio desta é possível realizar o diagnóstico, tratamento e controlar a disseminação da sífilis. Objetivo: Analisar a evolução/tendência dos casos de sífilis adquirida na população masculina no ano de 2012 e 2021. Metodologia: Trata-se de uma análise descritiva, com coleta de dados secundários extraídos no portal Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecção Sexualmente Transmissíveis em janeiro de 2023. os dados foram organizados no software Microsoft Excel e posteriormente analisados. Foi levantada a distribuição percentual do sexo masculino a cada 100.000 habitantes. Resultados: Entre a população masculina, destacam-se os estados: Distrito Federal (0,922), Minas Gerais (0,917), Rio de Janeiro (0,905), Pará (0,903) e Santa Catarina (0,891). Conclusão: São necessários estudos sobre os casos de Sífilis na população masculina no Brasil, visto a quantidade elevada de taxa de detecção. A população masculina está exposta a uma série de fatores que levam ao maior risco de infecções como múltiplas parceiras sexuais, ausência do uso de preservativo, fatores sociais e estilo de vida, entre outros. A sífilis é um grave problema de saúde pública que trás a tona uma falha no sistema em questão de promoção e educação em saúde, deste modo, a atenção primária busca e necessita de estratégias para abranger mais esta população, além do pré-natal do parceiro com a população masculina e reformulação de antigas estratégias para efetividade do controle³.
Referências
Matos KR, Simões LG, Souza RB, Filho PCC. Perfil Histórico Epidemiológico da Sífilis adquirida no Brasil na última década (2011 a 2020). Conjecturas. 2022 [citado 2023 jul. 27];22(6):1-19. Disponível em: https://conjecturas.org/index.php/edicoes/article/view/1093/835. DOI:10.53660/CONJ-1093-R05.
Santos MM, Rosendo TMS, Lopes AKB, Roncalli AG, Lima KC. Fragilidades na atenção primária à saúde favorecem o crescimento da sífilis adquirida. PLOS Doenças Tropicais Negligenciadas. 2021 [citado 2023 jul. 27];15(2):1-12. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7891733/. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0009085
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