Cuidados ao fim da vida em pacientes oncogeriátricos recebendo cuidados paliativos
Abstract
Introdução: O câncer, doença crônica não transmissível, vem alcançando patamares alarmantes, e de acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia a população idosa correspondente a 60% dos brasileiros com câncer, e cerca de 70% das mortes decorrentes nessa faixa etária decorre do câncer de próstata, nos homens, e de mama nas mulheres1. Diante disso, os cuidados aos pacientes oncogeriatricos deixam de ser apenas curativos e passam a receber cuidados paliativos, tendo como foco principal o controle dos sintomas da doença e alívio do sofrimento, promovendo a melhora na qualidade de vida2. Objetivo: Analisar como os cuidados paliativos têm sido aplicados a pacientes oncogeriatricos no Brasil. Método: Pesquisa do tipo revisão integrativa, que teve como intenção responder a questão norteadora como assistir o fim da vida em idosos oncológicos?. A busca ocorreu entre os meses de Agosto a Novembro de 2020 nos portais da Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde, considerando os descritores “idosos oncológicos”, “oncogeriatria” e “cuidados paliativos”, e como recorte temporal publicações entre os anos de 2015 e 2020. Resultados: Os cuidados paliativos devem ser empregados em pacientes idosos logo após receberem o diagnóstico de câncer, estejam eles em estado terminal ou não, visando promover qualidade de vida no processo de adoecimento. Entre os cuidados aplicados está o alívio do sofrimento, na perspectiva de uma assistência integral, respeitando a vontade do paciente ou de seu representante legal, auxiliar o doente a desfrutar de possíveis realizações pessoais durante o enfrentamento da doença e nos últimos momentos da vida, sendo fundamental considerar o paciente como um ser único, complexo e multidimensional3. Nessa perspectiva, as atividades assistenciais prestadas aos pacientes incluem a avaliação sistemática dos sinais e sintomas, a dinâmica da interação familiar, conforto por meio da escuta ativa e empática, a fim de conhecer as expectativas, os anseios, os medos e as preocupações do paciente e de sua família para que se apoie no emprego da comunicação clara e cuidadosa, efetivo controle dos sintomas, atuação interdisciplinar e suporte à família durante todas as etapas do acompanhamento, inclusive no luto2,3. O cuidar no fim da vida busca assegurar a dignidade e conforto até o último minuto da vida do paciente, para isso deve-se tomar decisões com clareza, aproveitar o tempo para rever e dar significados a vida, realizar despedidas, resolver conflitos, passar mais tempo com familiares e amigos, deixar um legado, receber cuidados consistentes de acordo com as necessidades clínicas e de acordo com os desejos do paciente2. Além de assegurar a higiene do paciente3. Conclusão: Ainda é um desafio para as famílias tomar decisões de conduta sobre a assistência paliativista, o que representa um obstáculo para a equipe de saúde. Para reverter esse quadro é necessário adoção da disseminação de informações sobre quais ações e intervenções de cuidados podem ser realizadas, elencando as vantagens da assistência paliativista.
References
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. População idosa corresponde a 60% dos brasileiros com câncer, 2020. Disponível em: https://sbgg.org.br/populacao-idosa-corresponde-a-60-dos-brasileiros-com-cancer/.
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