Efeitos de dois programas de telerreabilitação sobre a saúde de pessoas com osteoartrite de joelho
Resumo
Introdução e Objetivo: Com o envelhecimento populacional, é possível observar alterações morfológicas e funcionais que tornam o indivíduo vulnerável ao desenvolvimento de algumas condições crônicas de saúde como a Osteoartrite (OA). A osteoartrite (OA) é a mais frequente dentre as doenças articulares, de característica progressiva e crônica, a doença causa dor, limitação e incapacidade funcional1. As informações sobre fatores que contribuem para progressão da doença, manejo da dor, perda de peso e exercício físico são considerados a melhor opção para controle dos sintomas e manutenção da qualidade de vida2. Desta forma, é de suma importância a busca por estratégias que facilitem a manutenção da prática de exercícios e de seus efeitos. A telerreabilitação pode ser uma alternativa para a manutenção do exercício físico, supervisionado e a longo prazo3. Dessa forma, objetivo deste estudo será avaliar os efeitos de dois programas de telerreabilitação, nos formatos síncrono e assíncrono, sobre o estado de saúde de pessoas com osteoartrite de joelho através de um ensaio clínico randomizado. Material e Métodos: Pessoas com OA de joelho da comunidade de Campo Grande participaram de um ensaio clínico randomizado, único cego, com avaliações pré e pós-intervenções divididos em dois grupos: síncrono (GS), realizou o programa de exercícios por vídeo chamada (WhatsApp); e assíncrono (GA), realizou o mesmo programa de exercícios com o auxílio de uma cartilha. Todos realizaram avaliação inicial e após as 6 semanas de intervenção, com testes de desempenho físico e questionários (Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index- WOMAC; o World Health Organization Quality of Life -WHOQOL-bref e a Escala TAMPA para cinesiofobia - ETC) e a Escala de Avaliação de Adesão ao Exercício (EARS) na reavaliação. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMS sob número 5.833.392. Resultados e Discussão: Foram avaliamos 9 participantes (90% sexo feminino), idade média de 58,4 anos, IMC de 30,34kg/m2. Não houve interação entre tempo e grupos nos desfechos avaliados. Observamos melhora após 6 semanas em relação a ETC e ao domínio rigidez e pontuação total do WOMAC quando comparado pré e pós-intervenção dos grupos (GS+GA). No EARS, o GS apresentou média de 22,4(3,6) e o GA, de 20,3(3,3) na seção B, e 32,0(1,0) e 30,5(6,3), na seção C, indicando boa aceitação de ambos os programas. Conclusões: Nos resultados preliminares, foi observado que ambos os programas são exequíveis e bem aceitos. Entretanto, não foi possível fazer conclusões consistentes a respeito da modalidade síncrona e assíncrona quanto a dor, qualidade de vida e funcionalidade.
Referências
2. Almeida AC, Aily JB, Pedroso MG, Gonçalves GH, Felinto JC, Ferrari RJ, et al. A periodized training attenuates thigh intermuscular fat and improves muscle quality in patients with knee osteoarthritis: results from a randomized controlled trial. Clin Rheumatol [Internet]. 2019 [acesso em: 18 out. 2021]; 39(4):1265-75. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31865505/.
3. Aily JB, Barton CJ, Mattiello SM, Silva DO, Noronha M. Telerehabilitation for Knee Osteoarthritis in Brazil: A Feasibility Study. Int J Telerreabilitação [Internet]. 2020 [acesso em: 18 out. 2021]; 12(2):137-148. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33520101/.
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