O uso de tecnologias no processamento de produtos para a saúde e seus impactos na segurança do paciente
Resumo
Introdução: Na Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande - MS (SESAU), a Central de Material e Esterilização (CME) é responsável por assegurar boas práticas de processamento de produtos para saúde. A magnitude deste processo é devido aos desafios enfrentados quanto a padronização de técnicas (1) Objetivo: Descrever as tecnologias padronizadas no processamento de produtos para saúde e seus impactos na segurança do paciente. Método: Trata-se de um relato de experiência de servidores da SESAU, que compõe a Gerência de Materiais e Esterilização (GME) e a Gerência de Segurança do Paciente (GSP) sobre a padronização de tecnologias utilizadas no processamento de produtos para a saúde disponibilizados na Rede de Atenção à Saúde (RAS) de Campo Grande/ MS. Resultados e discussão: Desde 2020, a GME vem aprimorando os métodos de monitoramento de indicadores da qualidade utilizados nas CME da RAS de Campo Grande. Noventa e quatro Unidades de Saúde possuem CME e são responsáveis pelo processamento de materiais. Como tecnologias utilizadas nesse processo, destacam-se: o uso de testes físicos, para identificar as condições internas da autoclave, como por exemplo termômetros, manômetros e manovacuômetros; Testes químicos, como o uso de fitas adesivas impregnadas com tintas termocrômicas (fitas zebradas), o teste Bowie-Dick e os integradores químicos; O uso de testes biológicos, como os indicadores biológicos; A implantação de Procedimento Operacional Padrão (POP) e Instruções de Trabalho (IT) voltados para CME dispostos no Manual de Normas Técnicas na Área de Enfermagem e Multiprofissional, responsáveis por padronizar e orientar o serviço; A educação permanente como ferramenta de aperfeiçoamento das práticas em saúde; e a padronização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que proporcionam maior segurança ao profissional durante o processamento dos produtos. Entre agosto de 2022 e junho de 2023, a GME certificou 1064 profissionais da RAS entre odontólogos, auxiliares de saúde bucal, enfermeiros, técnicos de enfermagem e gerentes de unidades, sobre o manual de boas práticas no processamento de produtos para a saúde. Os profissionais selecionados para trabalhar no CME precisam de qualificação específica na área e treinamento, o que influenciará diretamente no funcionamento do setor e na segurança dos pacientes (2). Nessa perspectiva, o cuidado prestado ao paciente pelos profissionais do CME ocorre de maneira indireta e vai além da realização de atividades consideradas rotineiras e repetitivas. A responsabilidade de entregar materiais seguros e livres de contaminação para todas as unidades consumidoras ressalta a importância do setor para a garantia da segurança do paciente e das atividades executadas nas instituições de saúde (3). Conclusão: Diante do exposto, tem-se observado impactos positivos na segurança do paciente, como a qualidade do processamento de produtos e consequente prevenção de infecções e a diminuição de riscos e danos ocasionados por profissionais de saúde, garantindo a qualidade necessária para uma assistência segura.
Referências
Secretaria Municipal de Saúde. Plano Municipal de Saúde - PMS 2022 – 2025. SESAU, 2022.
Sanchez ML, Silveira RS, Figueiredo PP, Mancia JR, Schwonke CRB, Gonçalves NGC. Estratégias que contribuem para a visibilidade do trabalho do enfermeiro na central de material e esterilização. Texto Contexto Enferm 2018; [citado 18ago.2023];27(1):e6530015.Disponível em: doi: 10.1590/0104-07072018006530015.
Pereira AL, et al. A importância da atuação dos profissionais do centro de material e esterilização para o cuidado em saúde. Enfermagem Brasil 2021; [citado 18ago.2023]; 20(2):177-190 Disponível em: https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/enfermagembrasil/article/view/4507 /7167.
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