Evolução de Lesão de Síndrome de Fournier: um Relato de Caso
Resumo
Introdução: A gangrena de Fournier é uma fasciite necrosante do períneo e parede abdominal, que tem origem no escroto e no pênis, em homens, e na vulva e na virilha, em mulheres. É caracterizada por uma inflamação, seguida de isquemia e trombose dos vasos subcutâneos, que acarretam em necrose da pele e do tecido celular subcutâneo e adjacentes. Diversos fatores de risco podem favorecer o aparecimento como desnutrição, sepse, diabetes mellitus, alcoolismo crônico, doenças colorretais e urogenitais, pós-operatório, uso de drogas endovenosas e trauma (DORNELAS et al., 2012). Objetivo: Este estudo teve como objetivo descrever a Evolução de uma Lesão por Síndrome de Fournier. Material e Métodos: Trata-se de um relato de caso de caráter exploratório, realizado no período de 12/08/2017 a 14/09/2017. Cliente de 50 anos, sexo masculino, admitido em 11/08/2017 em um hospital terciário de Campo Grande (MS). Deu entrada na área verde de um Pronto Atendimento Médico, com lesão hiperemiada, edemaciada e dolorosa em região perianal, sendo realizado debridamento cirúrgico para drenagem de abcesso. Após o procedimento cirúrgico, o curativo era realizado uma vez ao dia, utilizando água destilada e clorexidine degermante para a limpeza, alginato de cálcio e sódio, oclusão com gazes estéril, compressa estéril e fita hipoalergênica. Além do tratamento tópico, havia o tratamento sistêmico com antibioticoterapia para combater a infecção e promoção do autocuidado para que o paciente realizasse suas atividades de forma independente. Resultados: Como resultados, observou-se que no início do tratamento a lesão apresentava-se com esfacelos e secreção purulenta em grande quantidade. Evoluiu para diminuição de tecido desvitalizado e presença de tecido de granulação aguardando provável enxerto para correção. Conclusão: Com a assistência direta da enfermagem na realização diária do curativo, percebeu-se uma melhora significativa da lesão evoluindo para maior autonomia do paciente. Além disso, a lesão apresentou melhora significativa apresentando apenas tecido de granulação aguardando a enxertia e otimizou o tempo de permanência do paciente no ambiente hospitalar.
Referências
- (DORNELAS ET AL,2012) SÍNDROME DE FOURNIER: 10 ANOS DE AVALIAÇÃO; REVISTA BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA;
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