Fatores associados ao trauma dentário em adolescentes utilizando o modelo de Andersen

  • Rejane Cristina Leite Leite da Fonseca 1Cirurgiã-dentista no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, mestranda do Curso de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e-mail: rejane_docinho@hotmail.com 2 Professor titular da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Editor Científico da Revista de Saúde Pública e Editor Associado de Oral Diseases 3 Professor Doutor Adjunto 1 do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • José Leopoldo Ferreira Antunes
  • Rafael Aiello Bomfim

Resumo

Introdução: Lesões dentárias traumáticas (TDIs) são um problema de saúde pública mas poucos estudos têm avaliado a faixa etária dos 15-19 anos. Objetivo: Testar o modelo comportamental de Andersen para avaliar as TDIs em adolescentes participantes da Pesquisa Estadual de São Paulo (SBSP-15). Método: Foram analisadas variáveis predisponentes individuais (sexo, idade, escolaridade, etnia, overjet e relação molar) e contextuais (porte das cidades, Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, Índice Gini e desemprego), componentes facilitadores individuais (renda per capita, tipo de serviço utilizado e renda média familiar) e contextuais (relação habitantes/dentista, fluoretação e cobertura da Equipe de Saúde da Família) e necessidade individuais (satisfação e percepção em relação ao tratamento) e contextuais (média de escovação supervisionada, número de consultas e exodontias odontológicas por cidade), bem como comportamentos de saúde. Foi realizada Regressão Logística Multinível com efeitos mistos no programa Stata v.14, para cálculo das OddsRatio (OR), com 95% de intervalo de confiança (IC). O protocolo de pesquisa foi avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOP UNICAMP - Número Final de Aprovação: 1211025 (2015), CAEE nº 46788215.9.0000.5418, de acordo com o Conselho Nacional de Saúde do Brasil (CNS). Resultados: A prevalência de TDIs em adolescentes foi de 1,42% (IC95% 0.94-2.13). Fatores individuais e contextuais de necessidade, predisponentes, facilitadores e comportamentos de saúde tiveram associação com as TDIs, mas na análise ajustada apenas as variáveis sexo, renda média familiar, número de consultas e tempo da última consulta mantiveram-se significativas em relação ao trauma. Conclusão: A análise pelo modelo de Andersen foi adequada para a avaliação dos fatores relacionados a TDIs em adolescentes.

Palavras-chave: Trauma dentário; adolescentes; saúde bucal.

Como Citar
LEITE DA FONSECA, R. C. L.; ANTUNES, J. L. F.; BOMFIM, R. A. Fatores associados ao trauma dentário em adolescentes utilizando o modelo de Andersen. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 4, n. 2, 11.