Assistência de enfermagem diante do aborto legal
Resumo
Introdução: Aborto é a interrupção da gestação, com consequente morte do produto da concepção, até a 20ª ou 22ª semana de gestação ou com peso fetal até 500g. Para o Código Penal Brasileiro, divide-se em três categorias, sendo a forma legal, não punível, realizada pelo médico, em casos onde é o único meio para salvar a vida da gestante, casos de estupro, e a partir de 2012, casos de anencefalia fetal; Objetivo: Identificar na literatura a assistência ideal prestada pela equipe de enfermagem às mulheres que passam pelo abortamento legal. Método: Revisão de artigos encontrados na literatura acerca do tema e que se enquadrem na realidade do abortamento legal no Brasil. Resultados: A assistência à essa mulher inicia-se com o acolhimento, onde deve-se garantir o estabelecimento de vínculo, e o fornecimento um espaço para escuta e apoio à vítima e à família, garantindo-se o sigilo. Ao escutar o relato, é importante demonstrar confiança em seu depoimento, não culpabiliza-la e ser imparcial com relação às decisões a serem tomadas. Também cabe a notificação compulsória, em caso onde houve violência sexual, bem como a sorologia ou teste rápido para ISTs. Durante o procedimento é fundamental o fornecimento de apoio emocional, psicológico, e o uso de ferramentas, medicamentosas ou não, para alívio da dor. Conclusão: Diante do estigma dessa temática, ainda hoje a assistência prestada à mulher em situação de abortamento legal é falha, e por vezes cerca-se de julgamentos e pré-conceitos. O código de ética da Enfermagem garante o poder de decisão acerca da participação no procedimento legalizado, segundo a consciência moral de cada profissional, garantindo-se a continuidade da assistência. Como ferramenta, os hospitais credenciados, contam com equipes multiprofissionais, que consentem em atuar em todo o processo do abortamento legal, para garantir seu atendimento integral e diferenciado.
Palavras-chave: Aborto Legal; Cuidados de Enfermagem; Ética Profissional.
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