Mensuração automática e manual do teste Time Up And Go em participantes saudáveis
Resumo
Introdução: Testes que avaliam a capacidade funcional em indivíduos, como o Time Up and Go (TUG), ganharam popularidade nos últimos anos. Com realização simples e boa confiabilidade, estes testes são preditores de consequências e indicativos de necessidade de intervenção. Entretanto, a aplicação de testes físicos está sujeita a diferentes tipos de erros de medida, os quais podem prejudicar a precisão e exatidão dos resultados. Objetivo: Comparar os valores de tempo obtidos de forma manual e automática do teste Time Up and Go (TUG) em indivíduos saudáveis. Método: Estudo tipo série de casos, aprovado em comitê de ética sob número de parecer 2.702.745. A pesquisa foi realizada no período do mês 07/2018, com 7 participantes, sendo eles 4 do sexo masculino e 3 do sexo feminino, com idade média de 23,4±2,0 anos, onde cada individuo realizou 2 repetições de cada variação do teste (TUG máximo e TUG usual) em um total de 28 repetições. Materiais utilizados: cadeira (com 46 cm de altura), cronômetro, oxímetro de pulso, escala de Borg modificada, ficha de avaliação, câmera Canon E05 Rebel, e software Sony Vegas Pro. Resultados: O tempo médio para o teste TUG usual cronometrado automático foi de 6,22±1,7 segundos e para a mensuração manualmente cronometrada foi de 6,47±1,6 segundos. A comparação realizada para o teste T de Student apresentou valor de p=0,8113, ou seja, sem diferença estatisticamente significativa. Foi aplicado o teste de correlação intraclasse com CCI=0,9377 (IC 95% 0,3206 a 0,9960) e valor de p=0,0019 evidenciando replicabilidade excelente. O tempo médio para o teste TUG máximo cronometrado automático foi de 5,95±0,18 segundos e para mensuração manualmente cronometrada foi de 6,33±1,39 segundos, a comparação realizada pelo teste T de Student apresentou valor de p=0,5109, ou seja, sem diferença estatisticamente significativa. Entretanto, os resultados para a correlação intraclasse a replicabilidade foram ruins, com CCI=0,2371 (IC 95% -0,8158 a 0,9257) e o valor de p=0,3009. Conclusão: Na comparação de cronometragem automática e manual para o teste de TUG usual não há diferença significativa, com excelente replicabilidade. Já para a comparação de cronometragem manual e automática do teste de TUG máximo mostrou-se replicabilidade ruim.
Palavras-chave: Funcionalidade; Cinética; Processamento de imagem assistida por computador.
Ao publicar na PECIBES, os direitos de copyright são mantidos pelos autores. Acreditamos que isto permite aos autores ampla divulgação do trabalho, sendo os mesmos responsáveis por todas as informações veiculadas. No entanto, em caso de reuso dos dados, a origem (Revista PECIBES) deve ser citada.