Estratégia no controle da hanseníase: contatos intradomiciliares
Resumo
Introdução: A Hanseníase representa um importante problema de saúde pública em todo o Brasil. Trata-se de uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, que se manifesta por meio de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, que podem levar a incapacidades físicas e deformidades. Trata-se de uma doença curável e quanto mais precocemente diagnosticada, maiores as possibilidades de cura. O contágio dá-se por meio de uma pessoa doente, portadora do bacilo, não tratada, que o elimina para o meio externo pelas vias áreas. Admite-se ser a principal forma de contágio da hanseníase, a inter-humana, e o maior risco de contágio é a convivência domiciliar com o doente bacilífero. Descrição da experiência: O Hospital São Julião apresenta-se como referência no tratamento da Hanseníase no Mato Grasso do Sul. O acompanhamento dos pacientes diagnosticados com hanseníase compreende uma importante etapa denominada avaliação dos contatos intradomiciliares, aqueles que tenham convivido em relações familiares ou não, de forma próxima e prolongada. A equipe de enfermagem realiza o agendamento de todos os novos contatos nos encontros realizados bimestralmente pela equipe assistencial. O encontro inclui uma palestra com informações importantes sobre a doença e oportuniza aos participantes o esclarecimento de dúvidas e trocas de experiências. Em seguida, todos os contatos são encaminhados para o exame dermatoneurológico que irá definir o direcionamento do caso. Essa estratégia tem demonstrado resultados significativos no diagnóstico e tratamento precoce e oportuniza também um melhor monitoramento dos casos. Discussão: Os contatos intradomiciliares de hanseníase são meios para a manutenção da endemia, nesse sentido, faz-se necessário fortalecer as estratégias que visem o controle e/ou eliminação da doença. A população em geral, ainda possui pouca informação sobre a doença e suas formas de transmissão, o que favorece ao indivíduo tornar-se passivo ao contágio. Nesse contexto o hospital de referência passa a constituir um dos principais eixos responsáveis por realizar e incentivar medidas preventivas e curativas. Sendo assim, o monitoramento dos comunicantes é fundamental para o controle da endemia e o alcance das metas de eliminação da doença.
Palavras-chave: Hanseníase; Controle; Hospital.
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