O manejo da hanseníase na atenção básica: um relato de caso

  • Bruna Parussolo Bordon Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
  • Cláudia Du Bocage Santos Pinto Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
  • Maria Elizabeth Araújo Ajalla Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Lincoln Barbosa Guimarães Secretaria Municipal de Mato Grosso do Sul.
  • Luciana Soares de Souza Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

Resumo

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que acomete os nervos periféricos e a pele. A evolução clínica da doença pode resultar em sequelas incapacitantes aos pacientes, com prejuízos na qualidade de vida e convívio social. O controle da hanseníase é preconizado na Atenção Primária, em função da baixa densidade tecnológica demandada. Apesar da simplicidade em se realizar o diagnóstico e do potencial de cura da doença através da poliquimioterapia, sua prevalência ainda é alta no país. Este relato de caso evidenciou a trajetória de uma paciente com hanseníase, em um município com alta endemicidade da doença, e permitiu ilustrar tanto a potencialidade da Atenção Primária no manejo correto da doença, quanto a lacuna ainda existente em termos assistenciais e gestores, entre a realidade e o alcance dos resultados esperados para o cuidado e para o controle de sua situação epidemiológica no país.

Biografia do Autor

Bruna Parussolo Bordon, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Médica da Saúde da Família e Comunidade pela Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, atuante na Unidade Básica de Saúde da Família Batistão desde novembro de 2018.
Cláudia Du Bocage Santos Pinto, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Professor Adjunto. Instituto Integrado de Saúde (INISA/UFMS).
Maria Elizabeth Araújo Ajalla, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Professor Adjunto. Instituto Integrado de Saúde (INISA/UFMS).
Lincoln Barbosa Guimarães, Secretaria Municipal de Mato Grosso do Sul.
Médico de Família. UBSF Dr. Emílio Garbeloti Neto - Jardim Tarumã.
Luciana Soares de Souza, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

Referências

Alencar CH, Barbosa JC, Ramos Jr. AN, Alencar MJF, Pontes RJS, Castro CGJ, et al. Hanseníase no Município de Fortaleza, CE, Brasil: aspectos epidemiológicos e operacionais em menores de 15 anos (1995-2006). Rev Bras Enferm 61(esp): 694-700, 2008.

Araújo, MG. Hanseníase no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 36(3):373-382, 2003.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o Controle da hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, Brasília, 2002.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância em saúde: dengue, esquistossomose, hanseníase, malária, tracoma e tuberculose. 2. Ed. Rev. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Caderno da Atenção Básica, 21), Brasília, 2008.

Brasil. Ministério da Saúde. Uma análise da situação de saúde e da agenda nacional e internacional de prioridades em saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde, 2009.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº. 125/SVS-SAS, de 26 de março de 2009. Define ações de controle da hanseníase. Diário Oficial da União 27 março de 2009. Brasil, 2009b.

Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico. Situação epidemiológica da hanseníase no Brasil – análise de indicadores selecionados na última década e desafios para eliminação. Bol Epidemiol.44(11):1-12, 2013.

Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública: manual técnico-operacional [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Brasil. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico da Hanseníase. Ministério da Saúde, 2016b.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia prático sobre a hanseníase [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Claro, LBL. Hanseníase: representações sobre a doença. Cad. Saúde Públ, Rio de Janeiro, 11(4): 631-638, 1995.

Feliciano KVO, Kovacs MH, Alzate A. Diagnóstico precoce da hanseníase: o caso dos serviços de saúde no Recife (Pernambuco). Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health 4(1), 1998.

Gonçalves, A. Realities of leprosy control: updating scenarios. Rev Bras Epidemiol. Sep;16(3):611, 2013.

Lima. HMN, Sauaia, Costa VRL, Neto GTC, Figueiredo PMS. Perfil epidemiológico dos pacientes com Hanseníase atendidos em Centro de Saúde em São Luís, MA. Revista Brasileira de Clínica Médica, São Luis, MA, v. 8(4):323-327, 2010.

Lustosa AA, Nogueira LT, Pedrosa JIS, Teles JBM, Campelo V. The impact of leprosy on health-related quality of life. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba, v. 44(5):621-626, 2011.

Martins PV, Bernstein JA. Itinerários terapêuticos de pacientes com diagnóstico de hanseníase em Salvador, Bahia. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 24(1 ):273-289, 2014.

Starfield, B. Primary care: balancing health needs, services and technology. UK: Oxford University Press, 1998.

Publicado
2019-12-04
Como Citar
BORDON, B. P.; SANTOS PINTO, C. D. B.; AJALLA, M. E. A.; GUIMARÃES, L. B.; DE SOUZA, L. S. O manejo da hanseníase na atenção básica: um relato de caso. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 5, n. 1, p. 48-53, 4 dez. 2019.