Alterações oftalmológicas em recém-nascidos com sífilis congênita
Resumen
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível e pode ser transmitida ao feto por via vertical, por mães não tratadas ou inadequadamente tratadas durante a gestação. Na última década, o Brasil vem vivenciando um aumento progressivo na incidência de sífilis em gestantes e de sífilis congênita. Apesar dos investimentos realizados pelo Ministério da Saúde as taxas de diagnóstico se mantêm elevadas. Em aproximadamente 40% desses recém-nascidos são percebidas lesões pela formação de gomas sifilíticas em diversos: lesões faciais, auditivas, orofaciais, cutâneas, neurológicas, esqueléticas e oftalmológicas. As alterações oftalmológicas incluem ceratite intersticial, coriorretinite, vasculite retiniana, glaucoma secundário, cicatriz córnea e atrofia óptica. O presente estudo trata-se de uma análise retrospectiva dos pacientes que obtiveram diagnóstico de sífilis congênita e realizaram exame de fundoscopia entre os meses de janeiro de 2022 a março de 2023, durante a permanência no setor alojamento conjunto do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (UFMS). Foi determinada uma amostra de 69 pacientes, dentre os quais 8 apresentaram laudo de lesão ocular decorrente de sífilis congênita e necessitaram de tratamento e acompanhamento das lesões.
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