Eletroestimulação Transcraniana como recurso em fisioterapia neurofuncional: relato de experiência

  • Luanna Dias Ramos 1 Acadêmicos de Fisioterapia da Universidade Católica Dom Bosco. 2 Médico, Pós-Doutor (UFRJ), Professor do programa de Mestrado e doutorado em Psicologia da Saúde (UCDB) 3 Fisioterapeuta, Mestre, Professor do Curso de Fisioterapia, UCDB 4 Fisioterapeuta Doutora (UFMS), Professora do Curso de Fisioterapia, UCDB 5 Fisioterapeuta (UNESP) e Psicólogo, mestre em psicologia da saúde (UCDB) Professor do Curso de Fisioterapia e Psicologia, UCDB
  • Bruno Rutkawskas Aleixo da Silva
  • Dayane Cristina de Paula Reis
  • Suellen Borba Coelho
  • Nathalia Oliveira Rodrigues
  • Tatiane Pereira de Moraes
  • André Barciela Veras
  • Jorge Aparecido de Barros
  • Karla Candido Toledo Muller
  • Serginaldo José dos Santos

Resumen

Introdução: Existem evidências que apontam para a importância da Eletroestimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) sendo utilizada para promover ganhos clínicos funcionais. Um grupo de pesquisa vinculada à uma instituição privada desenvolve inúmeros projetos ligados à fisioterapia neurofuncional, dentre eles o da utilização da ETCC junto a pacientes com lesões neurológicas diversas. O ETCC é um equipamento com correntes de baixa amplitude que visa aumentar excitabilidade cortical, promovendo ganhos em funções motoras e cognitivas. O objetivo deste relato é descrever as experiências de acadêmicos de Fisioterapia para a verificação dos efeitos do uso da ETCC no processo da reabilitação funcional de pacientes com patologias neurológicas. Descrição do caso/experiência: utilizou-se o ETCC como parte da intervenção em fisioterapia neurofuncional a 16 indivíduos, entre janeiro e agosto de 2018, divididos em três grupos: Paralisia Cerebral (PC, n=5), Acidente Vascular Encefálico (AVE, n=6) e Doença de Parkinson (DP, n=5). Todos os grupos estimulados em áreas motoras primárias (M1) e o grupo de DP também em áreas pré-motoras (F3). Todos os participantes assinaram TCLE (CAAE 55502916.0000.5162), e avaliados por protocolos específicos, pré e pós-intervenção, em acordo com especificidades (grupos PC e AVE com foco na funcionalidade do membro superior acometido (MSA), e da DP para marcha e equilíbrio), posteriormente estimulados com ETCC de 7 a 10 dias úteis, por 20 minutos, frequência de 1 a 2 mA. Discussão: todos os participantes tiveram resultados positivos ao final das intervenções, no grupo PC verificado maior funcionalidade do MSA em atividades de vida diária, no grupo AVE melhora da amplitude articular proximal (ombro), e no grupo DP nas provas de equilíbrio. Quanto aos acadêmicos, a criação de estímulos para ampliação de conhecimentos em avaliação e de uso de novas técnicas de intervenção fisioterápica. Verificamos que o uso do ETCC pode ser uma alternativa complementar na fisioterapia neurofuncional para resolução de problemas específicos de quadros neurológicos e que o contato prévio com tecnológicas inovadoras, além do estímulo para o desenvolvimento de pesquisas clínicas, contribuindo para o diferencial no mercado de trabalho dos futuros acadêmicos.

 

Palavras chaves: Técnicas fisioterápicas; aprendizado baseado na experiência; reabilitação

Cómo citar
RAMOS, L. D.; DA SILVA, B. R. A.; REIS, D. C. DE P.; COELHO, S. B.; RODRIGUES, N. O.; DE MORAES, T. P.; VERAS, A. B.; DE BARROS, J. A.; TOLEDO MULLER, K. C.; DOS SANTOS, S. J. Eletroestimulação Transcraniana como recurso em fisioterapia neurofuncional: relato de experiência. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 4, n. 2, 11.