Frequência de polifarmácia em idosos assistidos por residentes farmacêuticos

  • Isadora Padilha Ribolis 1Acadêmica do curso de Farmácia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). E-mail: isapribolis@gmail.com 2Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde – Atenção ao Paciente Crítico. Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian HUMAP/EBSERH/UFMS. 3Farmacêutica Doutora em Toxicologia. Docente do Curso de Farmácia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição (FACFAN). Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
  • Bruna Bentos Nepomuceno
  • Nathália Franco Roriz
  • Letícia Souza Lima
  • Renata Lanzoni de Oliveira
  • Lídia Viegas Tenório da Silva
  • Camila Guimarães Poliseli

Resumo

Introdução: O processo de envelhecimento está intimamente associado ao aumento na incidência de doenças crônicas, limitações funcionais, uso dos serviços de saúde e demanda por medicamentos. A utilização de múltiplos medicamentos, geralmente cinco ou mais, define a polifarmácia, cujos impactos clínicos em idosos estão relacionados ao aumento do risco de eventos adversos, aumento da admissão hospitalar, aumento do potencial de interações medicamentosas, aumento do número de medicamentos potencialmente inapropriados, aumento da possibilidade de cascata iatrogênica, problemas de adesão ao tratamento e risco elevado de quedas. Objetivo: Identificar a frequência de polifarmácia em idosos assistidos por residentes farmacêuticos. Método: Tratou-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado com os idosos assistidos pelos residentes farmacêuticos e internados na enfermaria de Clínica Médica de um Hospital Universitário de Campo Grande/MS. A coleta de dados foi realizada a partir dos prontuários e do instrumento de consulta farmacêutica utilizado pelos residentes nas suas práticas diárias, no período de maio a julho de 2018. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética, sob o parecer 2.519.343. Resultado: Participaram do estudo 20 idosos com idade média de 72 anos (± 4,24), sendo 50% (n =10) do sexo feminino. Quinze idosos (75%) apresentaram três ou mais diagnósticos e a maioria (n= 14; 70%) apresentou ≥ 14 dias de internação hospitalar. Um total de 313 medicamentos foram prescritos aos idosos durante o período do estudo, sendo a média por paciente de 13,5 medicamentos (± 0,70). Dos idosos avaliados, 95% (n= 19) utilizavam mais de cinco medicamentos, ou seja, estavam submetidos à polifarmácia, que foi mais frequente entre as mulheres (52,6%; n=10). Conclusão: A polifarmácia foi comum nos idosos acompanhados neste estudo. Diante disso, ressaltam-se as potenciais contribuições do farmacêutico clínico, integrado à equipe multiprofissional de saúde, na avaliação das prescrições e na realização de intervenções direcionadas à desprescrição de medicamentos e à redução no número de medicamentos inapropriados para idosos em uma mesma prescrição, a fim de garantir o acesso a medicamentos seguros e apropriados às particularidades fisiológicas do idoso.

Palavras-chave: atenção à saúde do idoso; cuidados farmacêuticos; hospitalização.

Como Citar
RIBOLIS, I. P.; NEPOMUCENO, B. B.; RORIZ, N. F.; LIMA, L. S.; DE OLIVEIRA, R. L.; TENÓRIO DA SILVA, L. V.; POLISELI, C. G. Frequência de polifarmácia em idosos assistidos por residentes farmacêuticos. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 4, n. 2, 11.