Você não vai desenhar? Narrativas e infâncias na Educação Matemática
Resumo
Este texto esboça um exercício de compor com narrativas produzidas com crianças de 4 e 5 anos, no contexto de uma pesquisa de mestrado, acenando ao convite a olhar para as aproximações entre infância, Arte e Educação (Matemática). Afeiçoadas pela potência estética e poética das produções infantis, reunimos afetos, encontros, gestos e outras materialidades artísticas para criar o cenário desta escrita, impelidas pelos movimentos de intra-ação e difração propostos por Karin Murris e Karen Barad. Nesse percurso, propomos discutir a potência das fontes produzidas junto a crianças para o pensar metodológico e investigativo em Educação Matemática.
Referências
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz. O saber é feito para cortar: Michel Foucault e a historiografia. Live, 2020. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=rQ3NrUoZGA8. Acesso em: 13 dez. 2024.
BARAD, Karen. Diffracting Diffraction: Cutting Together-Apart. Parallax, v. 20, n. 3, p. 168-187, 2014.
BARAD, Karen. Performatividade pós-humanista: para entender como a matéria chega à matéria. Revista Vazantes, v. 1, n. 1, p. 07-34, 2017.
BARROS, Manoel de. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2013.
COUTO, Mia. O rio das Quatro Luzes. In: A menina sem palavra: histórias de Mia Couto. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2013.
DALMASO, Alice Copetti. Devir-criança o ingovernável da vida. Revista ClimaCom [online], Campinas, chamada para publicações: dossiê “Devir-criança o ingovernável da vida. 2020. Disponível em: http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/paginaprincipal/dossie-devir-crianca-o-ingovernavel-davida-chamada-aberta / Acesso em: 10 maio 2020.
FALCÃO, Adriana. Mania de explicação. Ilustrações de Mariana Massarani. São Paulo; Moderna, 2001.
FLORES, Cláudia Regina. Descaminhos: potencialidades da arte com a educação matemática. Bolema: Boletim de Educação Matemática, v. 30, n. 55, p. 502-514, 2016.
FRANCO, Vivian Nantes Muniz. Entre infâncias, narrativas e delírios: fora da escola, fora da matemática, fora do risco... 2019. 187 f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Instituto de Matemática, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2019. Disponível em: https://posgraduacao.ufms.br/portal/trabalho-arquivos/download/6076. Acesso em: 13 dez. 2024.
LINS, Romulo Campos. Por que discutir teoria do conhecimento é relevante para a Educação Matemática. In: BICUDO, M. A. V. (Org.). Pesquisa em Educação Matemática: Concepções e perspectivas. São Paulo: Editora Unesp, 1999. p. 75-94.
MIARKA, Roger. et al. O que pode a apropriação de elementos artísticos na pesquisa em Educação Matemática. Artes em educação matemática. Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2019.
MURRIS, Karin. Reconfiguring educational relationality in education: the educator as pregnant stingray. Journal of Education, n.69, pp. 117-138, 2017.
PASSEGGI, Maria da Conceição et al. O que contam as crianças sobre as escolas da infância: aportes teóricos sobre as narrativas na pesquisa com crianças. In: Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino – ENDIPE, 16., 2012, Campinas. Políticas de formação inicial e continuada de professores. Araraquara: Junqueira&Marin Editores, 2012.
SILVA, Heloisa, SOUZA, Luzia Aparecida de. A história oral na pesquisa em Educação Matemática. In. Boletim da Educação Matemática. Ano 20, n. 28. Rio Claro: Unesp, Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática, 2007. p. 139- 162.
TUAN, Yi Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: DIFEL, 1983.
Copyright (c) 2024 Perspectivas da Educação Matemática

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.