Atividades Investigativas na Formação Inicial de Professores de Matemática sob a perspectiva da Educação Matemática Crítica

  • Raquel Milani USP
  • Elivelton Serafim Silva

Resumo

O presente texto descreve e analisa a realização de uma atividade investigativa por futuros professores de um curso de Licenciatura em Matemática no contexto da Educação Matemática Crítica. A atividade foi desenvolvida em grupos, em uma disciplina do curso. Os dados foram constituídos de registros dos estudantes e da transcrição de suas impressões verbalizadas em momentos de discussão e socialização. A análise dos dados se baseou em estudos da Educação Matemática Crítica. Os resultados apontam uma forte dependência do futuro professor pelas orientações do docente da disciplina, espelho do que acontece na educação matemática tradicional. Uma vez engajados na atividade, e livres para escolherem seus caminhos na investigação, os grupos apresentaram 13 modos de resolução. Os estudantes apontaram aspectos positivos e negativos da implementação de uma atividade investigativa na educação básica. Tratou-se de uma ação significativa na formação de professores de matemática no contexto da Educação Matemática Crítica.

Referências

ALMEIDA, K. F.; SOUZA, R. B. Educação matemática crítica e materiais apostilados: Perspectivas e concepções de ensino de fração. Revista Paranaense de Educação Matemática. Campo Mourão, v.6, n.12, p.306-325, jul-dez. 2017.

ALRØ, H.; SKOVSMOSE, O. Dialogue and learning in mathematics education: intention, reflection, critique. Dordrecht, The Netherlands: Kluwer Academic Publishers, 2004.

ALRØ, H.; SKOVSMOSE, O. Diálogo e aprendizagem em educação matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

GUTSTEIN, E. Building political relationships with students: What social justice mathematics pedagogy requires of teachers. In: FREITAS, E.; NOLAN, K. (Orgs.). Opening the research text: Critical insights and in(ter)ventions into mathematics education. New York: Springer, 2008.

MILANI, R. O Processo de Aprender a Dialogar por Futuros Professores de Matemática com Seus Alunos no Estágio Supervisionado. 2015. 238 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2015.

MILANI, R. “Sim, eu ouvi o que eles disseram”: o diálogo como movimento de ir até onde o outro está. Bolema. Rio Claro, v. 31, n. 57, p. 35 - 52, abr. 2017.

MILANI, R. Abrir um exercício: futuros professores de matemática entrando em cenários para investigação. No prelo.

MILANI, R.; SKOVSMOSE, O. Inquiry gestures. In: SKOVSMOSE, O. (Org.). Critique as Uncertainty. Charlotte, NC: Information Age Publishing, 2014.

OLIVEIRA, A. A.; SANTOS, L. T. B; PESSOA, C. A. S. Do exercício aos cenários para investigação: A aplicação de atividades de educação financeira por professoras dos anos iniciais do ensino fundamental. Revista Paranaense de Educação Matemática. Campo Mourão, v.6, n.12, p.158-186, jul-dez. 2017.

PENTEADO, Miriam Godoy. Computer-based learning environments: risks and uncertainties for teacher. Ways of Knowing Journal, Pennsylvania, v. 1, n. 2, p. 23-35, 2001.

SKOVSMOSE, O. Cenários para Investigação. Bolema: Boletim de Educação Matemática. Rio Claro, n. 14, 66-91. 2000.

SACHS, L.; ELIAS, H. R. A educação matemática crítica proporcionando uma discussão sobre currículo na formação inicial de professores. Revista Paranaense de Educação Matemática. Campo Mourão, v.6, n.12, p.397-420, jul-dez. 2017.

SKOVSMOSE, O. An invitation to critical mathematics education. Rotterdam, The Netherlands: Sense Publishers, 2011.

Publicado
2019-02-26
Como Citar
MILANI, R.; SILVA, E. S. Atividades Investigativas na Formação Inicial de Professores de Matemática sob a perspectiva da Educação Matemática Crítica. Perspectivas da Educação Matemática, v. 11, n. 26, 26 fev. 2019.
Seção
Artigos (fluxo contínuo)