ENTRE DUAS LÍNGUAS: O ENSINO E A APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA DE ALUNOS SURDOS INCLUSOS

  • Fábio Alexandre Borges Universidade Estadual do Paraná / Campus de Campo Mourão
  • Clélia Maria Ignatius Nogueira Universidade Estadual de Maringá / UEM
Palavras-chave: Ensino de Matemática, Equações do 2º grau, Intérprete de Libras, Inclusão de surdos.

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de uma investigação sobre o ensino de Matemática para alunos surdos inclusos, mediado por intérprete de Libras (ILS). Para tal intento, durante três aulas de Matemática de uma turma do 9º Ano do Ensino Fundamental registramos tanto a fala da professora quanto os sinais utilizados pela intérprete e, posteriormente, cotejamos essas duas “falas”, em busca das diferenças mais significativas do ponto de vista do ensino e aprendizagem em Matemática. Nestas aulas, o tema matemático discutido eram as equações do 2º grau. Selecionamos para nossa discussão seis unidades de análise, as quais contemplam os principais resultados de nossa investigação, quais sejam: aulas de Matemática que não contemplam as especificidades de alunos surdos por serem demasiadamente tradicionais; descompasso entre os sinais da intérprete e a fala da professora; uso de termos inadequados no ensino de Matemática; ausência de interações entre surdos e alunos/professora ouvintes e incoerências na interpretação das atividades matemáticas. 

Biografia do Autor

Fábio Alexandre Borges, Universidade Estadual do Paraná / Campus de Campo Mourão
Possui graduação em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (2002), Mestrado pelo Programa de Pós-graduação em Educação para a Ciência e a Matemática (2006) e Doutorado pelo mesmo Programa (2013). Tem experiência na área de Educação Matemática, com ênfase em Educação Especial, atuando principalmente com a temática surdez. Editor da Revista Paranaense de Educação Matemática e docente da Universidade Estadual do Paraná-Câmpus de Campo Mourão. Membro fundador do GT13 da SBEM: Diferença, Inclusão e Educação Matemática (Sociedade Brasileira de Educação Matemática).
Clélia Maria Ignatius Nogueira, Universidade Estadual de Maringá / UEM

Possui graduação em Licenciatura Em Matemática pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Tupã (1973), mestrado em Matemática pela Universidade de São Paulo (1979) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002). Atualmente é professora convidada do programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática da Universidade Estadual de Maringá e docente no Centro de Estudos Superiores de Maringá - CESUMAR. Atua na área de Educação, com pesquisas nas áreas de Educação Matemática; Educação de Surdos e em Epistemologia Genética. É autora de livros didáticos de Educação Matemática e de Libras para cursos de Pedagogia e de Educação Especial na modalidade a distância. Autora de livros sobre ensino de matemática segundo a perspectiva da epistemologia genética e sobre o ensino de matemática para surdos. É revisora dos seguintes periódicos: Zetétikè (Unicamp); Acta Scienciarum (UEM); RBEP (INEP); Ensaio: pesquisa em educação em ciências (UFMG); Psicologia em Estudo (UEM); Schème (UNESP); Práxis (UEPG); Em Teia(UFPE) e RPEM (Unespar). Participa dos seguintes grupos de pesquisa GIEPEM: Grupo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisa em Educação Matemática (UEM); GEPEGE: Grupo de Estudos e Pesquisas em Epistemologia Genética e Educação (UNESP / Marília) e GEPSEM: Grupo de Estudos e Pesquisas em Surdez e Ensino de Matemática (UNESPAR). membro do GPEMCAM: Grupo de Pesquisas em Educação Matemática de Campo Mourão (UNESPAR); Vice coordenadora do GT1: Educação Matemática na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental e membro fundadora do GT13: Diferença, Inclusão e Educação Matemática da SBEM (Sociedade Brasileira de Educação Matemática).

 

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Publicado
2016-12-27
Como Citar
BORGES, F. A.; NOGUEIRA, C. M. I. ENTRE DUAS LÍNGUAS: O ENSINO E A APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA DE ALUNOS SURDOS INCLUSOS. Perspectivas da Educação Matemática, v. 9, n. 20, 27 dez. 2016.