DO PRECONCEITO LGBT PARA A PRÁTICA DE SI
Resumo
A escola é um espaço de inúmeros confrontos e conflitos. Por isso, esse trabalho incumbiu-se da questão LGBT (que é um alvo dessa questão), de uma escola pública de Rede Estadual de Ensino Médio, do Estado de Mato Grosso do Sul, no município de Campo Grande. O objetivo é demonstrar como os estudantes que se posicionam como LGBT lidam com os preconceitos e exercitam suas práticas de si. Muitos são os dispositivos que provocam a sujeição dos sujeitos. Mesmo diante de diversas práticas que incitam o preconceito os sujeitos estão num exercício de poder e tensão permanentes que provocam saberes e novos modos de existir frente às urgências históricas do cenário escolar. Se a afirmação é que a escola é um espaço por excelência heteronormativo e, por isso, a norma é a heterossexualidade, isso não tem sido o suficiente para coibir os sujeitos LGBT de constituírem outros discursos sobre si e para si. O que esse trabalho mostrará é que a sexualidade, como defende Foucault (2006, 2010) (lastro teórico dessa discussão), é um regulador das práticas humanas. Nesses enfrentamentos o preconceito se torna um dispositivo de poder para as práticas de si.
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