Avaliação formativa e tecnologias digitais: possibilidades no ensino remoto emergencial

  • Gabriela da Silva Sandim UFMS
  • Aparecida Santana de Souza Chiari Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Juliana Leal Salmasio Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Resumo

Este resumo é fruto de uma iniciação científica em andamento ligada ao grupo de pesquisa Tecnologias Digitais, Mobilidade e Educação Matemática (TeDiMEM) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).  Temos como temática neste trabalho a discussão sobre avaliação formativa com tecnologias digitais. Entendemos que a avaliação pode ser colocada a serviço da aprendizagem, como parte constitutiva desse processo, com intenção de acompanhar o aluno no desenvolvimento de sua aprendizagem e não de classificá-lo. Desse modo, é fundamental que o professor se comprometa em utilizar a avaliação de forma coerente com o objetivo de colaborar com a aprendizagem do aluno. Para isso, é necessário que deixe de lado conceitos que estão impregnados em seu senso comum e transite da prática de examinar para a prática de avaliar (LUCKESI, 2011). A função da avaliação formativa é comparada por Perrenoud (1999) a um diagnóstico médico: “Nenhum médico se preocupa em classificar seus pacientes, do menos doente ao mais gravemente atingido [...] Esforça-se para determinar, para cada um deles, um diagnóstico individualizado” (Perrenoud, 1999, p. 15). Desse modo, as interações do professor e aluno por meio de feedbacks das avaliações são fundamentais para o desenvolvimento do aluno, para que este compreenda o estado em que se encontra e como pode superar suas dificuldades (FERNANDES, 2006). O uso não domesticado das tecnologias digitais traz contribuições para o aprendizado, pois nos permite explorar as suas potencialidades (BORBA; SILVA; GADANIDIS, 2014). Pensando nisso, trazemos como questão de pesquisa: Como a avaliação formativa por meio de tecnologias digitais pode contribuir para o aprendizado e desenvolvimento do aluno no ensino remoto emergencial em uma disciplina de Cálculo I? E como objetivo pretendemos analisar as potencialidades e desafios do uso do Google Forms como plataforma de avaliações nessa disciplina. Nosso trabalho se trata de uma pesquisa qualitativa e como sujeitos temos os alunos da disciplina de Cálculo I ministrada pela docente Aparecida S. S. Chiari, que é também a segunda autora deste trabalho, no segundo semestre de 2020. A disciplina aconteceu no contexto da pandemia de COVID-19 e foi organizada na plataforma do Google Classroom, contando também com um grupo no Telegram para comunicação. As avaliações foram desenvolvidas por meio de desenvolvimento de atividades, gravação de vídeos pelos alunos e avaliações escritas no Google Forms, na qual focaremos nossa análise. A partir das discussões de avaliação propostas por Luckesi (2011), Fernandes (2006) e Perrenoud (1999), investigaremos as potencialidades dessa plataforma como instrumento avaliativo e os processos de interação entre professora e alunos que ocorreram por meio da ferramenta de feedback disponível nos formulários. Esperamos que com os resultados encontremos possibilidades de avaliações formativas com o Google Forms, em uma perspectiva que evidencie a importância da avaliação como diagnóstico e inclusão do aluno em seu processo de aprendizagem.

Biografia do Autor

Aparecida Santana de Souza Chiari, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Mãe do Enzo, esteve em licença maternidade em 2017. Possui Bacharelado em Matemática pela Universidade de São Paulo (2007) e Licenciatura em Matemática pela Universidade de São Paulo (2008), mestrado em Educação Matemática pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2011) e doutorado em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (2015). Foi Orientadora Educacional Online do programa RedeFor, oferecido pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo em parceria com a Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP. Ministrou disciplinas na USP para cursos da área de Exatas. Atualmente é docente Adjunta A2 do Instituto de Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, credenciada ao Programa de Pós-graduação em Educação Matemática da mesma instituição e editora da Revista Perspectivas da Educação Matemática (Qualis B1 - Ensino). É coordenadora de área do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) - Matemática/INMA/UFMS, coordenadora do grupo de pesquisa TeDiMEM e membro do grupo de pesquisa GPIMEM (associada). É também membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Educação Matemática - Regional Mato Grosso do Sul, membro do comitê de pareceristas das revistas Integrare, Perspectivas da Educação Matemática e BOLEMA, além de emitir pareceres ad hoc para outros periódicos. 

Juliana Leal Salmasio, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutoranda em Educação Matemática pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), possui Licenciada em Matemática pela Universidade Federal da Grande Dourados (2018) e Mestrado em Educação Matemática pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2020). Membro e Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Tecnologias em Educação Matemática - (GPTEM/UFGD) e do Grupo de Pesquisa Tecnologias Digitais Móveis e Educação Matemática (TeDiMEM). É integrante do Projeto Tecnologias Digitais Móveis e Educação Matemática (TeDiMEM), dedicando-se a pesquisas relacionadas ao uso do Smartphone (e outras Tecnologias Digitais) no processo de Ensino e de Aprendizagem matemática.

Publicado
2021-10-23