UMA JORNADA INTERDISCIPLINAR NA SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Resumo
Tudo o que fazemos envolve a matemática? Este questionamento faz emergir uma série de perturbações capazes de nos fazer questionar sobre o que é a matemática e como ela faz parte de nossas vidas. Marcado pela reflexão de que tudo o que fazemos realmente envolve a matemática, e não teria como ser diferente, pois a matemática teve sua origem exatamente para nos dar respostas sobre o que nos questionamos em relação aos problemas que cotidianamente nos deparamos é que foi pensada a temática proposta pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em referência à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - SNCT do ano de 2017, a qual fez parte do Biênio da Matemática no Brasil (2017-2018), e que foi intitulada como “A matemática está em tudo”. Durante está semana foram realizadas várias atividades coordenadas pelo Grupo de Pesquisa (extraído para manter o anonimato)) com o tema “Arte e Matemática: uma jornada interdisciplinar”. A proposta foi aprovada no âmbito da chamada MCTIC/CNPq Nº 02/2017 e contemplada com recursos para a realização das atividades. Na ação, foram realizadas 25 oficinas pedagógicas, em 5 escolas da rede pública das cidades de Dourados/MS, Rio Brilhante/MS e Fátima do Sul/MS e, para isso, foram elaboradas 10 oficinas pedagógicas diferenciadas e voltadas aos alunos do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental. Em cada escola foram realizadas oficinas interdisciplinares envolvendo os conceitos da Arte e da Matemática de forma interdisciplinar. As oficinas foram intituladas: “Arte e Matemática: a matemática na arte arquitetônica”, “Arte e Matemática: o movimento cubista revelado nas formas da geometria espacial”, “Arte e Matemática: explorando as formas geométricas nas obras de Geraldo de Barros”, “Arte e Matemática: Construindo formas, transformando cores”, “Arte e Matemática: o tangram do bi ao tridimensional”, “Arte e Matemática: o tempo de Dalí refletido nos ângulos”, “Arte e Matemática: o paper toy na construção e na exploração de escalas”, “Arte e Matemática: explorando a simetria na ilusão de ótica de Escher”, “Arte e Matemática: as formas geométricas que formam e se transformam” e “Arte e Matemática: do mais ao menos em movimento”. Durante a realização das atividades tivemos a participação de professoras do Rio Grande do Sul que possuem vasta experiência com a temática proposta e além das oficinas nas escolas, foi preparado um dia de recepção e trabalhos na Universidade Federal (extraído para manter o anonimato)para receber os alunos das escolas onde desenvolvemos a ação. A participação de alunos e professores potencializou a criação de espaços de discussão sobre a interdisciplinaridade, o ensino de matemática e de arte. O trabalho possibilitou a construção de um espaço de discussão sobre a importância da conexão entre distintas áreas do saber, evidenciando que o conhecimento humano não é disciplinar, mas interligado. A atividade desenvolvida também possibilitou a valorização da escola como espaço que produz e dissemina ciência.