A FELICIDADE NÃO ESTÁ À VENDA:

teorizações a partir da cosmopercepção andina do Bem Viver

Resumo

 Este artigo busca apresentar teorizações ligadas a epistemologia do Bem Viver (Sumak Kawsay - quéchua; Suma Qamanã - aymara ) dos povos andinos. A senda principal dessa tarefa é a de perscrutar o cenário de crise no mundo contemporâneo, especialmente o colapso ambiental, os múltiplos problemas do capitalismo, o aumento das doenças, evidenciando que as promessas apresentadas pela modernidade ocidental não se cumpriram, ao contrário, gerou consequências nefastas que se avolumam visivelmente. Para além da política de silenciamento e ocultamento, gerada pela modernidade eurocêntrica sobre os saberes indígenas, as ideias e práxis sobreviveram  de maneira difusa e as memórias ancestrais estão impregnadas de possibilidades alternativas da construção de caminhos outros possíveis para seguirmos além das crises e perigos de nossa era. As expressões andinas e amazônicas Sumak Kawsay e Suma Qamanã remetem a perspectiva de buscar a vida bela e plena em harmonia com a natureza. As discussões a respeito desses saberes, lançam luz e esperança no caminho da descolonialidade e no desejo da superação dos cenários de crise do mundo contemporâneo. 

Palavras-chave: Bem Viver; Saberes Indígenas; Descolonialidade.

Publicado
2025-11-18