PAISAGENS DA CRÍTICA periférica

  • Edgar Cézar Nolasco UFMS

Resumo

Lugares periféricos são sempre lugares específicos, mas nem todos os lugares são periféricos. Pensar a partir da periferia implica pensar a partir dos projetos globais que se cristalizam, de forma hegemônica, na cultura; significa, também, em transculturar tais projetos globais em projetos locais periféricos que façam sentido para a cultura periférica; significa, ainda, e sobretudo, em rearticular os saberes e os discursos todos de uma perspectiva da crítica subalterna. Uma reflexão crítica periférica, por sua natureza de fora do lugar e sua estratégia transdisciplinar, só pode se situar e, por conseguinte, ancorar seu discurso na margem do saber instituído e dos discursos acadêmico e disciplinar, como forma de barrar um pensamento totalizante vindo de fora.

Biografia do Autor

Edgar Cézar Nolasco, UFMS
É Coordenador do NECC - Núcleo de Estudos Culturais Comparados, Editor-Presidente dos CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS. Atualmente está desenvolvendo estágio de Pós-Doutorado no PACC na UFRJ. Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1992), mestrado em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997) e doutorado em Literatura Comparada também pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003). Atualmente é professor dos cursos de Graduação e Pós-Graduação nível Mestrado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. É Membro do GT de Literatura Comparada da ANPOLL. É membro do conselho editorial das Revistas - Papéis (UFMS) e RAÍDO - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras (UFGD). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Crítica Cultural, Estudos Culturais, Literatura Comparada, Crítica Local, Literatura Brasileira e Teoria Literária, atuando principalmente nos seguintes temas: Crítica Cultural, Estudos Culturais, Paisagens Culturais, Literatura Comparada, Crítica Local, Clarice Lispector, Literatura Brasileira, Teoria Literária.

Referências

ACHUGAR, Hugo. Planetas sem boca: escritos efêmeros sobre arte, cultura e literatura. Trad. de Lyslei Nascimento. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.

ANZALDÚA, Gloria. Borderlands: the new mestiza = la frontera. 3nd ed. São Francisco: Aunt Lute Books.

BORGES, Jorge Luis. O fazedor. Trad. de Josely Vianna Baptista. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

CASTRO-GÓMEZ, Santiago y GROSFOGUEL, Ramón (editores) El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudos Sociales Contemporáneos y Pontifícia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007.

CASTRO-GÓMEZ, Santiago y MENDIETA, Eduardo (Editores) Teorías sin disciplina: (latinoamericanismo, poscolonialidad y globalización en debates) http://ensayo.rom.uga.edu/critica/teoria/castro/ s.p.

DIEGUES, Douglas. Uma flor na solapa da miséria. (Em portuñol) Asunción: Yiyi Jambo, 2007.

LANDER, Edgardo (org.) A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.

MIGNOLO, Walter. Histórias locais/Projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Trad. de Solange Ribeiro de Oliveira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.

NOLASCO. Edgar Cézar. Crítica subalternista ao Sul. In: CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS: subalternidade. Campo Grande – MS, vol.3, nº 5, jan,/jun. 2011 p.51-65.

NOLASCO, Edgar Cézar. Crítica fora do eixo: onde fica o resto do mundo? In: CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS: cultura local. Campo Grande – Ms, vol. 3, nº 6, jul./dez. 2011. p.27-41.

NOLASCO, Edgar Cézar. Perto do coração selvagem da crítica fronteriza. In: CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS: fronteiras culturais. Campo Grande – Ms, vol.4, nº 7, jan./jun. 2012. p.35-51.

PIGLIA, Ricardo. Tres propuestas para el próximo milenio (y cinco dificultades). Buenos Aires: Fondo de cultura económica, S.A., 2001.

SPIVAK, Gayatri C. Pode o subalterno falar? Trad. de Sandra Regina G. de Almeida, Marcus Pereira Feitosa e André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

RIVERA CUSICANQUI, Silvia. Oprimidos pero no vencidos: luchas del campesinado aymara y qhechwa 1900-1980. La Paz: Hisbol – CSUTCB, 1984.

Publicado
2017-04-25