PAISAGENS DA CRÍTICA periférica
Resumo
Lugares periféricos são sempre lugares específicos, mas nem todos os lugares são periféricos. Pensar a partir da periferia implica pensar a partir dos projetos globais que se cristalizam, de forma hegemônica, na cultura; significa, também, em transculturar tais projetos globais em projetos locais periféricos que façam sentido para a cultura periférica; significa, ainda, e sobretudo, em rearticular os saberes e os discursos todos de uma perspectiva da crítica subalterna. Uma reflexão crítica periférica, por sua natureza de fora do lugar e sua estratégia transdisciplinar, só pode se situar e, por conseguinte, ancorar seu discurso na margem do saber instituído e dos discursos acadêmico e disciplinar, como forma de barrar um pensamento totalizante vindo de fora.
Referências
ACHUGAR, Hugo. Planetas sem boca: escritos efêmeros sobre arte, cultura e literatura. Trad. de Lyslei Nascimento. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.
ANZALDÚA, Gloria. Borderlands: the new mestiza = la frontera. 3nd ed. São Francisco: Aunt Lute Books.
BORGES, Jorge Luis. O fazedor. Trad. de Josely Vianna Baptista. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago y GROSFOGUEL, Ramón (editores) El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudos Sociales Contemporáneos y Pontifícia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago y MENDIETA, Eduardo (Editores) Teorías sin disciplina: (latinoamericanismo, poscolonialidad y globalización en debates) http://ensayo.rom.uga.edu/critica/teoria/castro/ s.p.
DIEGUES, Douglas. Uma flor na solapa da miséria. (Em portuñol) Asunción: Yiyi Jambo, 2007.
LANDER, Edgardo (org.) A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
MIGNOLO, Walter. Histórias locais/Projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Trad. de Solange Ribeiro de Oliveira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
NOLASCO. Edgar Cézar. Crítica subalternista ao Sul. In: CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS: subalternidade. Campo Grande – MS, vol.3, nº 5, jan,/jun. 2011 p.51-65.
NOLASCO, Edgar Cézar. Crítica fora do eixo: onde fica o resto do mundo? In: CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS: cultura local. Campo Grande – Ms, vol. 3, nº 6, jul./dez. 2011. p.27-41.
NOLASCO, Edgar Cézar. Perto do coração selvagem da crítica fronteriza. In: CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS: fronteiras culturais. Campo Grande – Ms, vol.4, nº 7, jan./jun. 2012. p.35-51.
PIGLIA, Ricardo. Tres propuestas para el próximo milenio (y cinco dificultades). Buenos Aires: Fondo de cultura económica, S.A., 2001.
SPIVAK, Gayatri C. Pode o subalterno falar? Trad. de Sandra Regina G. de Almeida, Marcus Pereira Feitosa e André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
RIVERA CUSICANQUI, Silvia. Oprimidos pero no vencidos: luchas del campesinado aymara y qhechwa 1900-1980. La Paz: Hisbol – CSUTCB, 1984.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.