SOB O SIGNO DA DISCOTEQUE, DE PLÍNIO MARCOS: a configuração da subalternidade e do gênero feminino na cena contemporânea brasileira

  • Wagner Corsino Enedino UFMS

Resumo

Várias discussões acadêmicas que giram em torno do texto teatral ganham cada vez mais espaço no compêndio editorial especializado. Por se tratar de um gênero literário que, em princípio, está atrelado à materialização cênica, a dramaturgia apresenta especificidades que merecem atenção. Antes de qualquer tentativa de encenação, a espinha dorsal do chamado fenômeno teatral (texto + representação) é, sem sombra de dúvida, o texto criado pelo artista. A sua leitura é o caminho da referencialização dos estudiosos, dos atores, dos encenadores, produtores e, sobretudo, diretores.

Biografia do Autor

Wagner Corsino Enedino, UFMS

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Mestrado em Estudos Literários pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Campus de Araraquara, Doutorado em Letras pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Campus de São José do Rio Preto e Pós-Doutorado pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Atua no Programa de Pós-Graduação em Letras (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Três Lagoas. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, Literatura Brasileira, Teatro e Dramaturgia, atuando especialmente nos seguintes temas: Plínio Marcos, Nelson Rodrigues, Teatro sul-mato-grossense, Dramaturgia paraguaia, Drama em Literatura Inglesa, Literatura Comparada, Estudos Culturais, Estudos da Subalternidade, Teatro Brasileiro Contemporâneo, Identidade e Dramaturgia.

Referências

BARCINSKI, André. Pavões misteriosos: 1974-1983: a explosão da música pop no Brasil, São Paulo: Três Estrelas, 2014.

BEVERLEY, John. Subalternidad y representación: debates en teoría cultural. Trad. Mayrlene Beiza y Sergio VillaLobos-Ruminott. Madrid: Iberoamericana, 2004.

CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. 8 ed. São Paula: T. A. Queiroz, 2000.

DEL RIOS, Jefferson. Plínio Marcos, “Signo da discoteca”. Folha de S. Paulo: 29 de abril de 1979, p. 08.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

LIPOVETSKY, Gilles. A terceira mulher: permanência e revolução do feminino. Tradução Maria Lucia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

MAGALDI, Sábato. Iniciação ao teatro. 7. ed. São Paulo: Ática, 1998.

_______. Panorama do teatro brasileiro. 7 ed. rev. e ampl. São Paulo: Global Editora, 2004.

_______. Teatro em foco. São Paulo: Perspectiva, 2008.

PLÍNIO MARCOS. Signo da discoteque. [s.l]. 1979.

PRADO, Décio de Almeida. A personagem no teatro. In: CANDIDO, Antonio et al. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 2002, p. 83-101.

ROSENFELD, Anatol. Prismas do teatro. São Paulo: Perspectiva, 1993.

RYNGAERT, Jean-Pierre. Introdução à análise do teatro. Trad. Paulo Neves; Revisão da trad. Mônica Stahel. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos: ensaios sobre dependência cultural. 2. ed. Rio de Janeiro Rocco, 2000.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goulart Almeida et al. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010.

VIEIRA, Paulo Roberto. Plínio Marcos: a flor e o mal. São Paulo: Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, 1993. (Tese de Doutorado).

Publicado
2017-08-08