CRÍTICA BIOGRÁFICA, ainda
Resumo
A estreita e bem humorada relação entre obra e vida, teoria e ficção se deve ao depoimento de Richard Rorty, filósofo pragmático americano, falecido em 2007. Confessou, em texto publicado na Folfta de S. Paulo, que sofria do mesmo mal de Jacques Derrida, o câncer no pâncreas. Segundo Rorty, a coin- cidência era tributária da excessiva leitura que ambos faziam de Hegel, o vício intelectual visto como a causa do mal. A doença é diagnosticada, no entenderdo filósofo, pela escolha profissional do paciente e pela leitura de determinado 51
autor, não havendo, portanto, separação entre vida e trabalho. A justificativa se
apóia na inversão da causa física da doença pela profissional, pela criação do mal pelo próprio indivíduo, graças à sua formação e desejo intelectual. Rorty, filósofo pragmático e um dos seguidores da difícil obra de Hegel, morre, como Derrida, daquilo que viveu, de sua paixão pelo conhecimento e por uma particular forma de saber.
Referências
Não há referências.
Publicado
2017-08-26
Seção
Artigos
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