UTOPIA, literatura e ensino
Resumo
Em 1997, coloquei essa epígrafe na minha tese de doutorado que analisava o romance A cidade ausente, do argentino Ricardo Piglia. Naquele momento, eu analisava como o romance de Piglia trabalha com a idéia de uma cidade utópica, que é/não é Buenos Aires, a qual congrega o passado, o presente e o futuro na medida em que:
a) reúne literaturas de várias procedências (Ulisses, de James Joyce; Museo de la novela de la Eterna, de Macedonio Fernandez; o “Aleph”, de Jorge Luis Borges) e assim reativa uma memórica cultural de alto poder ficcional;
b) interfere no tempo presente por meio de um narrador que, abrindo espaço para outras vozes narrativas, atua como um contador de histórias (um griot, um pajé), que narra para nós (personagens do presente marcados por várias narrativas do passado), as questões da vida contemporânea (perda da memória cultural, revolução tecnológica em curso, diversidade cultural) que não conseguimos entender sem o concurso da literatura;
Referências
Sem referência
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