O CORPO DAS ARTES (CÊNICAS) LATINAS AINDA É RAZÃO E EMOÇÃO! “Quando essa porra toda explodir, ai Eu quero é ver!”
Resumo
Pensar em corpo específico de uma linguagem de arte ainda é pensar em um corpo disciplinado e domesticado na distinção entre razão e emoção como pensado pelo projeto moderno cartesiano! Um corpo disciplinado aqui é um corpo físico ainda que com sensações. Considerando essas questões, penso e resisto na ideia de que o corpo das artes (cênicas) latinas, em geral, ainda é um corpo div(i)(en)dido na presença da “cena” artística brasileira. Do “corpo” que tomo para argumentar a insistência dessa dualidade na arte brasileira, mesmo contemporânea, epistêmico descolonial, entende-se que corpo ainda é “conceito” a ser compreendido para além do “corpo dócil” como “corpo-político” (Foucault), mas estaria inscrito na noção de “corpo-política” (Mignolo) em que razão e emoção são indissociáveis no fazer, no pesquisar e no ensinar arte, pois esses estariam vinculados à noção de que nenhum corpo pode/deve ser domesticado disciplinarmente. Melhor dito, não há “técnica” ou “não-técnica” artísticas ocidentais que não domestiquem o corpo no cogito razão e emoção. Assim, quero evidenciar na discussão que todo ser, sentir e saber ocidentais ainda estão ancorados na ideia de que o corpo (negro, homo, feminino, pobre – da exterioridade –, entre outros) deve sofrer com se-parações na arte.
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