SANTIAGO, um dos leitores de Derrida
Resumo
A recepção da obra de Jacques Derrida no Brasil, referente ao período da primeira tradução brasileira de A escritura e a diferença, editada pela Perspectiva em 1971, tem sido até hoje de muito proveito para o avanço dos estudos de ciências humanas, entre elas as de crítica literária e cultural, de literatura comparada, crítica psicanalítica e demais disciplinas da área. Embora a iniciativa de tradução do livro tenha sido de uma editora paulista, é nas universidades do Rio de Janeiro que se processa uma das primeiras divulgações do pensamento de Derrida entre nós, principalmente no interior do curso de pós-graduação em Letras da PUC-Rio. O nível avançado atingido por esse programa possibilitou a abertura teórica para a crítica estruturalista, para novas abordagens do texto literário e para a redefinição de procedimentos analíticos relativos à leitura desconstrutora e formalista. Nesse empenho, a prática estilística e o método parafrástico de interpretação de texto são substituídos por uma abordagem mais rigorosa, pautada pelas noções de ruptura, criação e recorte epistêmico.

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