INIBITÓRIO COGNITIVO E SUA INFLUÊNCIA NA APRENDIZAGEM: um estudo de caso
Abstract
Esse artigo é resultado do estágio clínico supervisionado durante a Pós-Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional, que teve como eixo norteador o processo de ensino e aprendizagem e fatores que possam inibi-lo. Um dos fatores que pode exercer influência sobre esse processo denomi-na-se inibitório cognitivo, que está relacionado com a capacidade de inibir e selecionar pensamentos e memórias específicas e faz parte do controle inibi-tório, que envolve processos de controle do comportamento, da atenção e dos pensamentos/emoções. Assim, o objetivo geral do estudo foi diagnosti-car qual o tipo de problema ocorre com um menino de 7 anos de idade. Con-siderando o método que indica os meios técnicos da investigação, apropriou-se do método clínico, que apoia-se numa relação profunda entre pesquisador e pesquisado. Esse método indica que o sujeito possui um vínculo negativo com a aprendizagem, o qual reside em questões emocionais. Para aprender na escola a criança tem de exibir dois sistemas operativos: cognitivo e emo-cional, bem como as alterações na trajetória de desenvolvimento podem pro-vocar consequências e impactos graves na vida escolar, social, emocional e comportamental da criança.References
ALVES, L. R. G.; PRETTO, N. Escola: um espaço de aprendizagem sem prazer? Re-vista Comunicação & Educação, v. 6, p. 29-35, 2008.
ANDSERSON, D. R. Avoiding Pitfalls When Using Information - Theoretic Methods. Journal of Wildlife Management, v. 66, p. 910-6, 2002.
AUSUBEL, D. P. Aquisição e retenção de conhecimentos. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 2008.
BARKLEY, B. ADHD and the Nature of Self Control. New York: Guilford Press, 1997.
BARTIGIS, J; et al. The development of attention and responde inhibition in early childhood. Infant and Child Development, v. 17, p. 491-502, 2008.
BENETTI, S. P. C. Conflito conjugal: impacto no desenvolvimento psicológico da cri-ança e do adolescente. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 19(2), p. 261-268, 2006.
BROCKI, K. C; BOHLIN, G. Executive Functions in Children Aged 6 to 13: A Di-mensional and Developmental Study. Developmental Neuropsychology, v. 26(2), p. 571–593, 2004.
CHAMAT, L. S. J. Relações vinculares e aprendizagem: um enfoque psicopedagógi-co. São Paulo: Vetor, 1997.
COUTINHO, M. T. da C. Psicologia da educação: um estudo dos processos psicológi-cos de desenvolvimento e aprendizagem humanos, voltado para a educação. Belo Hori-zonte: Lê, 1992.
DESSEN, M. A; POLONIA, A. C. Família e escola. Paidéia, v. 17(36), p. 21-32, 2007.
DIAMOND, A. Controle cognitivo e autorregulação em crianças pequenas: maneiras de melhorá-los e porquê. Apresentada na conferência internacional School Eadiness and School Success: from Research to Policy and Practice. 12-13 de novembro de
, Quebec, Província de Quebec, Canadá.
DIAS, N. M; MENEZES, A; SEABRA, A. G. Alterações das funções executivas em crianças e adolescentes. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, v. 1(1), p. 80-95, 2010.
DURANTE, M. C. J; YANAGU, A. R. Relaciones familiares versus aprendizaje: un análisis con niños de 5 y 6 años Family relationships versus learning: an analysis with children aged 5 and 6 years. Alteridad Revista de Educación, v. 12, n. 1, p. 66-77, enero/junio 2017.
FERREIRO, E; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991
FONSECA, V. Impacto das emoções na aprendizagem: uma abordagem neuropsicope-dagógica. Revista Psicopedagogia, v. 33, n. 102, p. 365-84, 2016.
KORTMANN, G. Aprendizagens da criança autista e suas relações familiares e so-ciais: estratégias educativas. 2013. Monografia de conclusão do Curso de Especialização em Neuropsicologia, apresentado como requisito para obtenção do grau de Especialista pelo Programa de Pós-Graduação do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2013.
LEMES, P; ROSSINI, J. C. Atenção e Comportamento inibitório em crianças de 6 a 8 anos. Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 30, n.4, p. 385-391, out./dez. 2014.
LENT, R. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de Neurociência. SP: Editora Atheneu, 2001.
MATOS, P; et al. Apresentação de uma versão em português para uso no Brasil do ins-trumento MTASNAP-IV de avaliação de sintomas de transtorno do déficit de aten-ção/hiperatividade e sintomas de transtorno desafiador e de oposição. Revista de Psiquiatria, RS, v. 3, n. 28, p. 290-297, set./dez. 2006.
NIGG, J. T. On inhibition/disinhibition in developmental psychopathology: views fron cognitive and personality psychology and a working inhibition taxonomy. Psychological Bulletin, v. 126(2), p. 220-246, 2000.
PIAGET, J. O julgamento moral na criança. SP: Mestre Jou, 1977.
POSNER, M. Cognitive Neuroscience of Attention. New York: Guilford, 2012.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SABOYA, E; FRANCO, C. A; MATTOS, P. Relações entre processos cognitivos nas funções executivas. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 51(2), p. 91-100, 2002.
VERBRUGGEN, F; LOGAN, G. D. Automatic and controlled responde inhibition: associative learning in the Go/No-Go and Stop-Signal Paradigms. Journal of Experi-mental Psychology: General, v. 137(4), p. 649-672, 2008.
VISCA, J. Técnicas projetivas psicopedagógicas e pautas gráficas para sua interpre-tação. Visca & Visca Editores, 2008.
VISCA, J. Clínica psicopedagógica: Epistemologia Convergente. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
a) permitem a reprodução total dos textos, desde que se mencione a fonte.
b) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional;
c) autorizam licenciar a obra com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
d) responsabilizam-se pelas informações e pesquisas apresentadas nos textos a serem publicados na Revista Diálogos Interdisciplinares, eximindo a revista de qualquer responsabilidade legal sobre as opiniões, ideias e conceitos emitidos em seus textos;
e) comprometem-se em informar sobre a originalidade do trabalho, garantindo à editora-chefe que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s), quer seja no formato impresso ou no eletrônico;
f) autorizam à Revista Diálogos Interdisciplinares efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical com vistas a manter o padrão normativo da língua e apresentarem o padrão de publicação científica, respeitando, contudo, o estilo dos autores e que os originais não serão devolvidos aos autores;
g) declaram que o artigo não possui conflitos de interesse.