APRENDENDO COM A DANÇA DAS MULHERES TERENA (SIPÚTERENA)
Resumo
Sipúterena é a dança das mulheres Terena. No passado, as mulheres dançavam para dar boas-vindas aos guerreiros que chegavam da guerra. O Cacique Orlando Moreira da aldeia Lagoinha, local onde desenvolvo minha pesquisa de doutoramento, me fez um convite para dançar essa dança no dia índio no ano de 2019. O convite foi aceito com o objetivo principal de vivenciar os preparativos culturais em comemoração dessa data tão importante para dessa comunidade. O objetivo específico deste relato é contar a experiência de uma não indígena (Purutúye) dançando Sipúterena no dia em que se comemora o dia do índio, e toda a aprendizagem que obtive nos detalhes e preparativos para o evento, fazendo parte do processo de produção dos dados de minha pesquisa. A cultura Terena sobreviveu a dois processos civilizatórios e nos dois houve muita perda, mas eles se organizaram e ressignificaram muitos conhecimentos e, portanto, resistiram e ainda resistem numa luta cotidiana, sendo a escola indígena um dos espaços de fortalecimento dessa luta. Ao considerarmos que a escola foi criada para os indígenas como uma ferramenta de dominação, percebi que eles à estão utilizando como uma ferramenta de resistência, disseminadora de valorização da cultura, visto que os professores têm incluído o ensino da cultura no currículo hibridizando o conhecimento. Ensinar a dança faz parte do processo de resistência da memória, pois é por meio dela que podem lembrar o que tiveram que fazer e passar para estarem aqui hoje. O fato de poder vivenciar essa experiência de participar da dança Sipúterena junto com as mulheres da aldeia Lagoinha, me possibilitou a oportunidade de adentrar de forma orgânica de um momento especial de resistência cultural onde foi possível aprofundar minha compreensão sobre o hibridismo, a ressignificação, a resistência e a valorização da cultura Terena.
Publicado
2020-12-31
Seção
RELATOS DE EXPERIÊNCIA
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