A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA LEITORA NA ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA
Resumo
O trabalho alinha-se às pesquisas relacionadas à alfabetização e ao letramento, especificamente, à formação de leitores. Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), extraídos do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), em 2022, evidenciam que o Brasil não é um país de leitores. O PISA constatou, em alunos brasileiros, grandes defasagens em competências essenciais à compreensão leitora. As dificuldades de leitura têm causas diversas e não se restringem aos muros da escola, há fatores sociais e políticos que impactam na formação de leitores. A decodificação da língua, embora indispensável, não é condição bastante à formação do leitor, tendo em vista que a leitura de mundo precede a leitura de palavras. Sem que a língua seja compreendida concretamente, nas diversas situações de uso social, a atribuição de sentidos à palavra estará incompleta, na medida em que, por fenômenos pragmáticos, o sentido excede a definição semântica e encontra ancoragem no contexto. O letramento emergente lúdico ombreia a alfabetização, porquanto a criança, ao mesmo tempo em que decodifica o alfabeto, atribui à palavra o sentido que conseguiu depreender do contexto em que foi aplicada. A leitura de mundo começa para a criança antes mesmo do início da vida escolar, ocorre em família. Haja vista que crianças nascidas em famílias leitoras tendem a absorver o gosto e os hábitos de leitura observados em casa, é plausível que o déficit nas habilidades de leitura dos alunos aponte, em alguma medida, para a diminuição do número de famílias leitoras ou de seus hábitos de leitura. Este estudo, de base documental, visa a projetar luzes sobre a grande influência que as famílias exercem na formação de hábitos de leitura. Para tanto, foram realizadas análises quantitativa e qualitativa dos dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE Inteligência) na 5ª Edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, com base em 2019, que realizou, em 208 municípios de todo o país, entrevista domiciliar com 8.076 pessoas, com idade igual ou superior a 05 anos, alfabetizadas ou não, para definição do perfil de leitores no Brasil. Paralelamente, em revisão bibliográfica, foram levantadas bases doutrinárias que corroboram a importância das famílias na formação do leitor. Ao final, ter-se-á demonstrado que a alfabetização e o letramento são processos de aquisição da leitura e escrita que, em razão da grande influência do meio familiar, não podem ser limitados à escola.
Publicado
2024-12-13
Seção
ARTIGOS
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