ANÁLISE DO MARKETING VERDE DA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS

Resumen

Este artigo tem como objetivo investigar se as ações de marketing verde da Natura & Co., uma das empresas mais sustentáveis do Brasil, apresentam características de greenwashing. O tema sustentabilidade ocupa cada vez maior espaço na mídia e também nas discussões no ambiente corporativo, em face da conscientização crescente da humanidade à relevância do meio ambiente. Muitas organizações perceberam que a adoção de práticas sustentáveis poderia representar uma oportunidade para consolidar a sua posição. Neste estudo foi analisado o caso da empresa Natura Cosméticos, com base em dados secundários, disponibilizados publicamente, por meio de relatórios anuais auditados, considerando os requisitos sugeridos por Corporate Knights Index, evidenciando aspectos atendidos e não atendidos. Como contribuição prática este estudo oferece a indicação para os gestores organizacionais de práticas que devem ser observadas, no âmbito do Marketing Verde, para informar para o mercado, seja consumidor ou possíveis investidores/ acionistas, sobre a real situação da empresa, no tocante à sustentabilidade organizacional.

Biografía del autor/a

Camila Costa

mestre em qualidade ambiental

Paola Schmitt Figueiro

doutora em administração

Luciane Pereira Viana

doutora em diversidade e inclusão social

Citas

Abela, A. V., & Murphy, P. E. (2007). Marketing with integrity: ethics and the service-dominant logic for marketing. Journal of the Academy of Marketing Science, 36(1), p. 39–53. Recuperado de: https://link.springer.com/article/10.1007/s11747-007-0062-0.

Aligleri, L., Aligleri, L. A., & Kruglianskas, I. (2009). Gestão socioambiental: responsabilidade e sustentabilidade do negócio. [S.l: s.n.].

Alves, R. R. (2019). Sustentabilidade empresarial e mercado verde: A transformação do mundo em que vivemos. Petrópolis, RJ, Editora Vozes.

AMA. (2017). Definitions of Marketing. Recuperado de: https://www.ama.org/the-definition-of-marketing-what-is-marketing/.

Antoniolli, G. O, & Dias, S. L. F. G. (2015, Jan./Jun). Uma discussão em torno de Responsabilidades, Comunicação Ambiental e Greenwashing: o caso Petrobras. Organizações e Sustentabilidade, v. 3, n. 1, pp. 3-46. Recuperado de: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/ros/article/viewFile/20886/18940.

Alshurideh, M. et al. (2016). Marketing ethics and relationship marketing-An empirical study that measure the effect of ethics practices application on maintaining relationships with customers. International Business Research, v. 9, n. 9, pp. 78-90. Recuperado de: https://www.ccsenet.org/journal/index.php/ibr/article/view/52395.

Bardin. L. (2016). Análise de conteúdo. Lisboa: Editora Edições 70.

Bass, K., & Tomkiewicz, J. (2002). Belief in a just world and ethical judgments in business. International Journal of Management, v. 19, n. 2, pp. 171-177. Recuperado de: https://www.proquest.com/openview/b541909165fd53741fd475b2fcdfb79b/1?pq-origsite=gscholar&cbl=5703.

Bedi, S. (2019, Set.). Marketing’s Ethical Blind Spot: Catering to Consumer Preferences. Kelley School of Business Research Paper. N. 19-50. Recuperado de: https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=3441359

Brenner, S. N., & Molander, E. A. (1977). Is ethics of business changing. Harvard Business Review, v. 55, n. 1, pp. 57-71.

CONAR. (1978). Código e Anexos. Recuperado de: http://www.conar.org.br/.

CGU. (2006, Mar). CGU realiza seminário sobre Prevenção à Corrupção e Técnicas de Investigação Patrimonial. Notícias, ASCOM. Recuperado de: https://www.gov.br/cgu/pt-br/assuntos/noticias/2006/03/cgu-realiza-seminario-sobre-prevencao-a-corrupcao-e-tecnicas-de-investigacao-patrimonial.

Corporate Knights. (2019, Jan). 2019 Global 100 results. Recuperado de: https://www.corporateknights.com/reports/2019-global-100/2019-global-100-results-15481153.

Costa, N. P. et al. (2017, Dez.). Competitividade empresarial e práticas ambientais: as controvérsias do marketing verde. VII Congresso Brasileiro de Engenharia de Produção. Recuperado de: http://anteriores.aprepro.org.br/conbrepro/2017/down.php?id=3347&q=1

D'Angelo, A. C. (2003, Dez.). A ética no marketing. Revista de Administração Contemporânea, v. 7, n. 4, pp. 55-75. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S1415-65552003000400004.

Da Silva Tolentino, R. S., Gonçalves Filho, C., & La Falce, J. L. (2019). O Comportamento Ético das Corporações afeta as relações com suas Marcas? Influência da Percepção Ética do Consumidor (PEC) na Confiança, no Comprometimento e na Lealdade dos Consumidores. TPA-Teoria e Prática em Administração, v. 9, n. 2, pp. 121-136. Recuperado de: https://periodicos.ufpb.br/index.php/tpa/article/view/43748.

De Lima, V. M., Da Silva Costa, S. T., & Alves, F. C. (2019). A Contabilidade com Enfoque no Balanço Social e suas Contribuições para uma Gestão Estratégica Empresarial Eficiente. Revista GeTeC, v. 8, n. 20. Recuperado de: https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/getec/article/view/1622

Dias, R. (2011). Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. Atlas.

Fialho, L. S., & Marquesan, F. F. S. (2016, Out/Nov/Dez). O Comportamento de Consumidores Diante da Prática do Greenwashing. Revista Desenvolvimento em Questão. Ijuí, RS, v. 16, n. 45. Recuperado de: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/desenvolvimentoemquestao/article/view/6555.

Gati, A. M. (2015). Gestão corporativa socioambiental e competitividade empresarial. Tese (Doutorado em Administração) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Departamento de Administração, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Gonçalves Junior, L. C. (2016). A defesa do consumidor e a prática do greenwashing sob a perspectiva da teoria sociológica do interacionismo-simbólico. IV Congresso Internacional de Direito do UBM. Barra Mansa, RJ. Recuperado de: http://intranet.ubm.br/ conidir/anais/2016/ANAIS/06-A-DEFESA-DO-CONSUMIDOR.pdf.

Henion, K. E., & Kinnear, T. C. (1976). Ecological Marketing. Columbus, Ohio: Grid.

Iyer, E.; Banerjee, B. (1993). Anatomy of green advertising. ACR North American Advances. Recuperado de: http://acrwebsite.org/volumes/7499/volumes/v20/NA-20.

Jones, E. (2019). Rethinking Greenwashing: Corporate Discourse, Unethical Practice, and the Unmet Potential of Ethical Consumerism. Sociological Perspectives, 62(5), 728-754.

Junior, S. et al. (2019). Greenwashing effect, attitudes, and beliefs in green consumption. RAUSP Management Journal, 54, no. 2, pp. 226-241. Recuperado de: https://www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/RAUSP-08-2018-0070/full/html.

Keeble, J. (2022, Abr.). Report: What it will take for CEOs to fund a sustainable transformation. Sustainability. Recuperado de: https://cloud.google.com/blog/topics/sustainability/new-survey-reveals-executives-views-about-sustainability.

Lopes, V N., & Pacagnan, M. N. (2014, Jan./Fev./Mar.). Marketing verde e práticas socioambientais nas indústrias do Paraná. Revista de Administração. São Paulo, v.49, n.1, pp.116-128. Recuperado de: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0080210716303272.

Lovato, M. L. (2012). Greenwashing no Brasil: quando a sustentabilidade ambiental se resume a um rótulo. Santa Maria, RS. Recuperado de: https://periodicos.ufsm.br/ revistadireito/article/viewFile/8257/4978.

Lyon, T. P., & Montgomery, A. W. (2015). The means and end of greenwashing. Organization and Environment, 28(2), 223-249.

Markham, D., Khare, A., & Beckman, T. (2014). Greenwashing: A Proposal to Restrict its Spread. Journal of Environmental Assessment Policy and Management, v. 16, n. 04. Recuperado de: https://doi.org/10.1142/S1464333214500306.

Marquis, C., Toffel, M. W., & Zhou, Y. (2016). Scrutiny, norms, and selective disclosure: a global study of greenwashing. Organization Science, 27(2), 483-504.

Meireles, T. (2019). Ranking lista as empresas mais sustentáveis do mundo. WWF Brasil. Recuperado de: https://www.wwf.org.br/?69562/Ranking-lista-as-empresas-mais-sustentaveis-do-mundo/.

Moura, C. S. T., Souza, G. N. V., & Lucas, G. A. P. (2019). Youtube como canal para a publicidade infantil e sua influência no consumo: coisa séria ou brincadeira? Episteme Transversalis, v. 10, n. 2. Recuperado de: http://revista.ugb.edu.br/ojs302/index.php/episteme/article/view/1345.

Murphy, P. E. et al. (2005). Ethical marketing. Upper Saddle River, NJ: Pearson Prentice Hall.

Nadanyiova, M., & Kliestikova, J. (2017). Green Marketing vs. Greenwashing. How to protect against Negative Impact of Greenwashing? Journal of Management and Marketing Review, v. 2, n. 1, pp. 53-58. Recuperado de: https://ideas.repec.org/p/gtr/gatrjs/jmmr128.html.

Natura. (2019). Relatório Anual Natura 2018. Recuperado de: https://static.rede.natura.net/html/2019/a-natura/pdf/relatorio_anual_natura_2018.pdf.

Natura. (2020). Natura/ Sustentabilidade. Recuperado de: Sustentabilidade | Natura Brasil.

Pagotto, E. L. (2013). Greenwashing: os conflitos éticos da propaganda ambiental. São Paulo, SP. Recuperado de: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-22072013-141652/en.php.

Pagotto, É. L., & Carvalho, M. B. (2020). Natureza à venda: da ecopornografia a um modelo compreensivo de indicadores de greenwashing. Scripta Nova: revista electrónica de geografía y ciencias sociales, 24. Recuperado de: https://raco.cat/index.php/ ScriptaNova/article/view/364698

Palmer, T. B., & Flanagan, D. J. (2016). The sustainable company: looking at goals for people, planet and profits. Journal of Business Strategy, 37, 28-38.

Peattie, K., & Charter, M. (2003). Green marketing. The marketing book, v. 5, pp. 726-755.

Polonsky, M. J. (1994). An introduction to green marketing. Electronic green journal, v. 1, n. 2. Recuperado de: https://escholarship.org/uc/item/49n325b7.

Prodanov, C. C., & Freitas, E. C. (2013). Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo, RS, Editora Feevale.

Ribeiro, R. A. C., & Epaminondas, L. M. R. (2010). Das estratégias do Greenmarketing à falácia do Greenwashing: a utilização do discurso ambiental no design de embalagens e na publicidade de produtos. V Encontro Nacional da Anppas. Recuperado de: http://www. anppas. org. br/encontro5/cd/artigos/GT8-645-626-20100825115643.pdf.

Sá, M., Golçalves, E. B., Bittarello, K., & Lapolli, E. M. (2013). Responsabilidade socioambiental: um desafio para a micro e pequena empresa. In: X Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, Associação Educacional Dom Bosco.

Tachizawa, T., & Andrade, R. O. B. de. (2012). Gestão socioambiental: estratégias na nova era da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Elsevier.

Tavares, F., & Ferreira, G.G.T. (2012, Nov.). Marketing verde: um olhar sobre as tensões entre greenwashing e copropaganda na construção do apelo ecológico na comunicação publicitária. Revista Espaço Acadêmico, n. 138. Recuperado de: http://eduem.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/viewFile/18725/9948.

Umphress, E. E., & Bingham, J. B. (2011). When employees do bad things for good reasons: Examining unethical pro-organizational behaviors. Organization Science, 22(3), pp. 621-640. Recuperado de: https://doi.org/10.1287/orsc.1100.0559.

Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso: Planejamento e métodos. Bookman editora.

Yücel, R., Elibol, H., & Dağdelen, O. (2009). Globalization and international marketing ethics. problems. International Research Journal of Finance and Economics, v. 26, n. 1, pp. 93-104. Recuperado de: https://www.researchgate.net/publication/228915909_Globalization_and_International_Marketing_Ethics_Problems.

Publicado
2023-04-12
Sección
Artigos