Reabilitação multiprofissional ao paciente com Síndrome de Guillain-Barré

  • Juliana Galete Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Letícia Ribeiro Moreira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Carolina de Sousa Rotta Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Eli Fernanda Brandão Lopes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Izabela Rodrigues de Menezes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Giovana Ayumi Aoyagi Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Letícia Szulczewski Antunes da Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Michael Wilian da Costa Cabanha Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Joelson Henrique Martins de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Camila Guimarães Polisel Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Resumo

Introdução: No Brasil os dados epidemiológicos para Síndrome de Guillain-Barré (SGB) são limitados, assim como na maioria das afecções raras. A incidência anual de SGB varia de 0,6-1,9 casos/100.000 habitantes, dependendo da série populacional, sendo prevalente no sexo masculino, incomum em menores de 10 anos, e a partir dessa idade a incidência aumenta progressivamente em 20% a cada década. As características clínicas principais da SGB são fraqueza muscular progressiva e bastante simétrica acompanhada de reflexos tendinosos profundos ausentes ou deprimidos. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo relatar o caso do atendimento multiprofissional de um paciente diagnosticado com Síndrome de Guillain-Barré em uma Unidade de Cuidados Continuados e Integrados. Metodologia: Relato de experiência dos residentes do Programa de Residência Multiprofissional: Cuidados Continuados Integrados – Saúde do Idoso, de um hospital de Campo Grande-MS, Brasil. Resultados: Paciente do sexo masculino, 80 anos. Deu entrada no hospital para reabilitação multiprofissional com diminuição de força em membros inferiores e membros superiores, predominantemente em região proximal. Após avaliação da equipe, foram traçadas metas e estabeleceu-se um período de internação de 30 dias. Dentre as metas previstas no Projeto Terapêutico Singular (PTS) estavam: Avaliar a segurança da farmacoterapia; melhorar o estado nutricional; melhorar a mobilidade e funcionalidade; ganho de força muscular; viabilizar o acesso da aposentadoria; acompanhamento do nível de ansiedade e adesão ao tratamento. O paciente recebeu alta com uma melhora significativa da funcionalidade e autonomia, favorecendo a realização das atividades de vida diária. Paciente apresentou boa evolução nos aspectos trabalhados, demonstrando crescimento emocional satisfatório, enfrentamento e adaptação à nova realidade. Além disso, foram realizadas orientações com relação ao uso correto dos medicamentos, prevenção de queda, educação em saúde dos cuidadores e com a família para a necessidade e importância da adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico em casa.  Conclusão: Os pacientes com diagnóstico clínico para SGB devem ser admitidos em hospital para observação rigorosa e realização de exame diagnóstico para confirmação do caso. O cuidado deve ser realizado por equipe de profissionais que esteja familiarizada com as necessidades especiais dos pacientes. É necessário vigilância e antecipação das potenciais complicações para a otimização das chances de um desfecho favorável. Deve-se ficar atento quanto à prevenção de fenômenos tromboembólicos, monitorização cardíaca, avaliações respiratórias frequentes e de fraqueza orofaríngea, proteção de vias aéreas, manutenção da função intestinal, controle apropriado da dor e nutrição e suporte psicológico adequado.

 

Palavras-chave: Síndrome de Guillain-Barré. Equipe de assistência ao paciente. Reabilitação.

Biografia do Autor

Juliana Galete, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Farmacêutica do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI) – Saúde do Idoso da UFMS

Letícia Ribeiro Moreira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Farmacêutica do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI) – Saúde do Idoso da UFMS

Carolina de Sousa Rotta, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Psicóloga  do PREMUS/CCI – Saúde do Idoso da UFMS

Eli Fernanda Brandão Lopes, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Assistente Social do  PREMUS/CCI – Saúde do Idoso da UFMS

Izabela Rodrigues de Menezes, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta do  PREMUS/CCI – Saúde do Idoso da UFMS

Giovana Ayumi Aoyagi, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta do  PREMUS/CCI – Saúde do Idoso da UFMS

Letícia Szulczewski Antunes da Silva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista do  PREMUS/CCI – Saúde do Idoso da UFMS

Michael Wilian da Costa Cabanha, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Enfermeiro do  PREMUS/CCI – Saúde do Idoso da UFMS

Joelson Henrique Martins de Oliveira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Enfermeiro do  PREMUS/CCI – Saúde do Idoso da UFMS

Camila Guimarães Polisel, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Farmacêutica Doutora em Toxicologia. Docente da UFMS

Publicado
2020-06-16
Como Citar
GALETE, J.; RIBEIRO MOREIRA, L.; DE SOUSA ROTTA, C.; BRANDÃO LOPES, E. F.; RODRIGUES DE MENEZES, I.; AYUMI AOYAGI, G.; SZULCZEWSKI ANTUNES DA SILVA, L.; DA COSTA CABANHA, M. W.; MARTINS DE OLIVEIRA, J. H.; GUIMARÃES POLISEL, C. Reabilitação multiprofissional ao paciente com Síndrome de Guillain-Barré. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 5, n. 2, p. 50, 16 jun. 2020.