Avaliação da qualidade de vida, índice de capacidade para o trabalho e prevalência da síndrome de burnout em professores da rede municipal de ensino de Campo Grande, MS.
Resumo
Introdução: Dados do INEP, (MEC/2020), neste Estado são, 21.192 professores atuam no ensino fundamental, sendo que 13.619 atuam nos anos iniciais e 11.094 atuam nos anos finais. Em Campo Grande, são 408 professores atuantes no nível fundamental na rede municipal de ensino. A esfera de atuação escolar engloba diversas formas de representação, como atividades de coordenação, supervisão pedagógica e direção. Estas atividades têm sido apontadas como fatores estressantes e de repercussão negativa saúde dos trabalhadores da educação. Objetivo: Portanto, este trabalho tem por objetivo avaliar a qualidade de vida e a capacidade de trabalho e identificar a prevalência da síndrome de burnout em professores do ensino fundamental da rede Municipal de Ensino de Campo Grande\MS. Materiais/Métodos: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP/UFMS; parecer 3.854.433, de 21/02/2020). O trabalho foi desenvolvido nas escolas públicas que oferecem o nível de Ensino Fundamental da administração municipal, localizadas na região urbana de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Resultados: A amostra foi composta por 202 professores atuantes na rede municipal de educação que lecionam no ensino fundamental I e II. Quando analisados os domínios de qualidade de vida, foram encontrados os seguintes valores. Domínio físico (60,5±13,3); psicológico:(64,4±15,8); social(64,6±17,0); ambiental(53,2±12,2). A maioria dos professores avaliaram sua qualidade de vida como BOA (49%). Com referência ao ICT, que avalia a capacidade física, mental e social dos trabalhadores, a média encontrada foi de 38,9±9,8. Ele representa moderado ICT para 29,2% e bom para 70,8% da amostra. A proporção de pessoas com bom ICT é significativamente maior que a proporção de pessoas com moderado ICT.No tocante ao índice de burnout notou-se uma significativa proporção de participantes com cansaço emocional (37,1%). A maioria dos participantes não apresenta sintoma de despersonalização (75,7%) e apresenta alto índice de realização pessoal (58,4%). Esta investigação indica a necessidade de ampliar estudos que aprofundem nos resultados encontrados e tragam mais respostas sobre a situação da saúde docente.
Copyright (c) 2021 Lúcio Barbosa Neto, Thomaz Nogueira Burke, Liliane Pinho de Almeida, Priscilla Santana Bueno
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