A importância da avaliação nutricional na conduta dietoterápica do paciente idoso hepatopata

  • Rafael Alves Mata de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Yulle Fourny Barão Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Letícia Szulczewski Antunes da Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Raquel Santiago Hairrman Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Eli Fernanda Brandão Lopes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Lena Lansttai Bevilaqua Menezes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Natali Camposano Calças Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Luciane Perez da Costa Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Resumen

Introdução: As doenças hepáticas crônicas (DHC) são oriundas de lesões do parênquima hepático estimulados por agentes virais, químicos, farmacológicos ou outros agentes tóxicos que podem alterar a estrutura e a capacidade funcional dos hepatócitos. Sendo assim, uma avaliação nutricional minuciosa propicia o correto diagnóstico nutricional e embasa a dietoterapia desses pacientes. Objetivos: Relatar a importância da avaliação nutricional completa na prescrição da dietoterapia de pacientes idosos hepatopatas em um hospital de retaguarda. Método: Trata-se de um estudo descritivo, tipo estudo de caso, com dados coletados durante avaliação nutricional de um paciente idoso internado em um hospital de retaguarda com inúmeras patologias, entre elas uma cirrose hepática compensada. Na avaliação nutricional do paciente foram coletados: exames bioquímicos, sintomas/características orogástrointestinais, exame físico, história dietética e antropometria. O relato de caso foi descrito após a assinatura pelo paciente do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: Paciente U.C, 75 anos, masculino, com diagnósticos de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA), sífilis, tuberculose e cirrose hepática compensada. Em relação aos exames bioquímicos: paciente anêmico por doença crônica; PCR, bilirrubinas, TGO, TGP, ácido úrico e proteínas totais elevadas e dosagem de albumina baixa. Os sintomas orogástrointestinais identificados foram a ausência de dentes, xerostomia e constipação. No exame físico foi possível observar cabelos ressecados e quebradiços, unhas onduladas, icterícia e edema de membro inferior (joelho). Na antropometria ficou evidenciado a perda de peso e de massa muscular, além do acúmulo de gordura na região dos braços e do abdome mensurados pela Prega Cutânea Triciptal (PCT) e circunferência da cintura. Após a análise de todas essas ferramentas de avaliação nutricional foi possível diagnosticar o indivíduo como desnutrido leve com perda de massa muscular e acúmulo de gordura (processo de sarcopenia). Em relação a dietoterapia foi planejado para o paciente 35 Kcal/Kg/dia de valor energético, 1,2g/Kg/dia de proteínas, 57% de carboidratos e 29% de lipídeos (recomendações para pacientes cirróticos compensados). Após dez dias de intervenção clínica, foi realizada a reavaliação, no qual foi observado perda de peso, associado a melhora de edema, contudo houve aumento na massa muscular e apresentou melhora do edema, além de melhora dos níveis séricos de TGO, TGP, bilirrubinas e PCR. Conclusão: Os idosos apresentam risco muito alto para desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), e além disso, atualmente há um aumento do número de casos de idosos com doenças infecciosas. Portanto, a avaliação nutricional bioquímica e antropométrica do idoso são de grande importância para o reconhecimento das alterações que abarcam o envelhecimento e se refletem no estado nutricional e no possível aparecimento de doenças.

 

Palavras-chave: Idoso. avaliação nutricional. Dietoterapia.

 

Biografía del autor/a

Rafael Alves Mata de Oliveira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

Yulle Fourny Barão, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

Letícia Szulczewski Antunes da Silva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

Raquel Santiago Hairrman, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

Eli Fernanda Brandão Lopes, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Assistente Social residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – UFMS

Lena Lansttai Bevilaqua Menezes, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Assistente Social residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – UFMS

Natali Camposano Calças, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista preceptora do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso. – UFMS

Luciane Perez da Costa, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista preceptora do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso. – UFMS

 

Publicado
2020-06-02
Cómo citar
ALVES MATA DE OLIVEIRA, R.; FOURNY BARÃO, Y.; SZULCZEWSKI ANTUNES DA SILVA, L.; SANTIAGO HAIRRMAN, R.; BRANDÃO LOPES, E. F.; LANSTTAI BEVILAQUA MENEZES, L.; CAMPOSANO CALÇAS, N.; PEREZ DA COSTA, L. A importância da avaliação nutricional na conduta dietoterápica do paciente idoso hepatopata. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 5, n. 2, p. 21, 2 jun. 2020.