Atuação da equipe de enfermagem aeroespacial durante o voo em câmara hipobárica
Resumo
Introdução: A Medicina Aeroespacial tem a finalidade de estudar e prover condições para o desempenho humano em ambiente aéreo. Como especialidade de Enfermagem Aeroespacial reconhecida pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) por meio da Resolução COFEN nº 0570/2018, o que representa um avanço na área de atuação da enfermagem e permite melhor aprimoramento dos profissionais que atuam nesta área. No Brasil há uma instituição responsável pelo treinamento dos pilotos e aeronavegantes militares, localizado no Rio de Janeiro, chamado Estágio de Adaptação Fisiológico (EAF). Esta atividade é fundamental para o melhor desempenho do piloto durante sua missão. No voo em Câmara Hipobárica (CH), simulam-se situações adversas com o intuito de treinar e preparar os militares para agirem em um contexto de um voo real. Maior parte desta equipe que ministra as instruções, acompanha, assiste e orienta o EAF são profissionais de enfermagem. Essa capacitação é centrada na medicina preventiva, fisiologia aeroespacial e complicações inerentes ao ambiente aéreo. Objetivo: Descrever a importância do conhecimento em Medicina Aeroespacial pela equipe de enfermagem durante treinamento fisiológico em Câmara Hipobárica. Método: Relato de experiência. A simulação de voo em CH em diferentes perfis de voo. Trata - se de uma programação variável de pressão atmosférica correspondente aos níveis de altitude em voo a serem atingidos, dos tempos de permanência nestes níveis e das razões de subida e/ou descida destes. A CH proporciona meios para exposições individuais à baixa pressão, com o objetivo de realizar treinamento fisiológico para aeronavegantes, expondo o organismo à uma condição simulada ao aumento de altitude, a Descompressão Rápida e hipóxia de altitude, condição perigosa e extremamente importante para aviação, sob condições de controle e segurança. O caso: A equipe prevista para o voo em CH é composta por nove membros. As funções que a equipe de enfermagem ocupam nesse processo são: Instrutor Chefe de voo, função de enfermeiro. Existem outras funções que podem ser realizadas por enfermeiro ou técnico de enfermagem, são essas: Observadores Internos, que irão assistir os alunos durante o teste de Hipóxia e todo o voo dentro da CH, Operador da Câmara e Operador do Lock, que são os profissionais que irão “controlar o voo” através da razão de subida e descida e Observador de Emergência, militar de enfermagem que mantém a sala de Emergência pronta para possíveis intercorrências que possam ocorrer junto ao Médico do Voo. Resultados: Para realizar estas funções, além da capacitação prevista em enfermagem a equipe realiza uma série de capacitações especificas em Medicina Aeroespacial realizada pelo próprio Instituto de acordo com a legislação presente. Os conhecimentos especializados permitem que realizem o EAF em CH, evitando-se assim os acidentes e os desgastes demasiados na saúde dos aeronavegantes. Conclusão: O aprimoramento, divulgação e a capacitação de pessoal permitem um treinamento fisiológico mais adequado e eleva o nível da qualidade das instruções acompanhando a evolução científico-tecnológica que tem ocorrido. Em consequência disso, haverá um melhor preparo dos nossos pilotos ao ambiente aéreo, o que pode ser um grande diferencial durante o cumprimento de sua missão.
Palavras-chave: Enfermagem. Medicina aeroespacial. Treinamento. Medicina de aviação. Hipobárica.
Ao publicar na PECIBES, os direitos de copyright são mantidos pelos autores. Acreditamos que isto permite aos autores ampla divulgação do trabalho, sendo os mesmos responsáveis por todas as informações veiculadas. No entanto, em caso de reuso dos dados, a origem (Revista PECIBES) deve ser citada.