Metodologia da Pesquisa em Psicologia da Educação Matemática: O quê? Por que? Como?

  • Maria Lucia Faria Moro UFPR
Palavras-chave: Metodologia da Pesquisa. Psicologia da Educação Matemática. Método de Pesquisa e Psicologia da Educação Matemática. Processo de Tomada de Decisão em Pesquisa.

Resumo

O artigo expõe proposições referentes à metodologia na pesquisa em psicologia da educação matemática. Toma o termo “metodologia” em sentido amplo como o conjunto de elementos que tratam do processo do pensamento humano de buscar conhecer a realidade, de modo sistemático, visando elaborar um corpo de explicações sobre os objetos de estudo de uma área determinada. Após definir a psicologia da educação matemática como um campo científico, analisa os passos fundamentais que um pesquisador da área deve percorrer para realizar investigações, conforme a perspectiva de que as escolhas metodológicas a serem feitas compõem um sistema, com articulações constantes e interpenetrações recíprocas dos seguintes polos metodológicos: o epistemológico, o teórico, o morfológico, o técnico. Segue-se a análise de duas investigações da área para ilustrar o processo de tomada de decisão que aqueles polos implicam.

Referências

AUSUBEL, D. P; Novak, J. D. & HANESIAN, H. Psicologia educacional. São Paulo: Interamericana, 2ª ed. (E. Nick et alli, trads.), 1980.

BRUYNE, P. de; HEERMAN, J. & SCHOUTHEETE, M. de. Dinâmica da pesquisa em ciências sociais: os polos da prática metodológica. (R. Jofily, trad.). Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.

CAMPBELL, D. T. & STANLEY, J. C. (1967). Experimental and quasi-experimental designs for research on teaching. In: N. L. GAGE (Ed.), Handbook of research on teaching, 5th. ed. Chicago: Rand Mc Nally, 1967, p. 171-246.

COOK, T. D. & CAMPBELL, D. T. Quasi experimentation: design and analysis issues for field settings. Chicago: Rand Mc Nally, 1979.

GARDIN, J.-C. Les analyses de discours. Neuchâtel : Delachaux & Niestlé, 1974.

GILLIÈRON, C. El psicopedagogo como observador: por qué y como. Infancia y Aprendizaje, Madrid, n. 9, p. 7-21, 1980.

GILLIERON, C. La construction du réel chez le psychologue. Berne: Peter Lang, 1985.

von GLASERSFELD, E. (1991). Adeus à objetividade. In: P. WATZLAWICK & P. KRIEG, O olhar do observador. Contribuições para uma teoria do conhecimento construtivista. (H. Madjderey, trad.). São Paulo: Workshopsy, 1991, p.17-29.

HOUDÉ, O. Se développer, c’est apprendre à inhiber. La Recherche, Paris, n. 388, p. 74-77, jul-août, 2005.

KERLINGER, F. N. Metodologia da pesquisa em ciências sociais. Um tratamento conceitual. (H. M. Rotundo, trad.). São Paulo: E.P.U., 1980.

KIRK, J. & MILLER, M. L. Reliability and validity in qualitative research. Sage University Paper Series in Qualitative Research Methods, v. 1. Beverly Hills, CA: Sage, 1986.

KRIPPENDORF, K. (1980). Content analysis. An introduction to its methodology. The Sage Commtex Series, v. 5. Beverly Hills, CA: Sage, 1980.

LUNA, S. de V. O falso conflito entre tendências metodológicas. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 66, p. 70-74, ago. 1988.

MARQUES, W. O quantitativo e o qualitativo na pesquisa educacional. Avaliação, Campinas, Sorocaba, v. 2, n.3, p. 19-23, set. 1997.

MORO, M. L. F. Estruturas multiplicativas e tomada de consciência: repartir para dividir. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 11, n. 2, p. 217-226, maio-ago, 2005.

MORO, M. L. F. , SOARES, M. T. & CAMARINHA, J. A. Raciocínio combinatório em problemas escolares de produto cartesiano. Zetetiké, Campinas, v. 18, n. 33, p.211-242, jan-jun, 2010.

WEBER, R. P. Basic content analysis. Sage University Paper Series in Quantitative Applications in the Social Sciences, v. 49. Beverly Hills, CA: Sage, 1985.

Publicado
2015-12-18
Como Citar
MORO, M. L. F. Metodologia da Pesquisa em Psicologia da Educação Matemática: O quê? Por que? Como?. Perspectivas da Educação Matemática, v. 8, n. 18, 18 dez. 2015.