Dissociação da informação verbal e visual nos livros didáticos de matemática dos anos iniciais

Danieli Yngridi  Neves Melo; Ana Mara  Coelho da Silva; Marcos Guilherme Moura Silva

doi:10.46312/pem.v18i50.21282

Danieli Yngridi Neves Melo Universidade Federal do Pará https://orcid.org/0009-0009-5180-9700
Ana Mara Coelho da Silva Universidade Federal do Pará https://orcid.org/0000-0003-2767-5406
Marcos Guilherme Moura Silva Universidade Federal do Pará https://orcid.org/0000-0003-3589-1897

DOI: https://doi.org/10.46312/pem.v18i50.21282

Palavras-chave: Teoria da Dupla Codificação. Ensino da Matemática. Pensamento Algébrico. Livro Didático. Anos Iniciais

Resumo

Este estudo objetivou discutir como a estratégia didática da Teoria da Dupla Codificação (TDC) vem sendo empregada nos livros didáticos de matemática para o ensino do pensamento algébrico nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Tomamos por base os pressupostos teóricos defendidos por Paivio, que sugere a combinação de representações verbais e visuais numa situação didática de ensino, a fim de facilitar a aprendizagem dos alunos. Com uma abordagem qualitativa, buscou-se empregar a análise documental de dois livros didáticos de matemática do 5º ano adotados atualmente na rede escolar de Belém/PA, sendo um deles de uma escola pública e outro de uma escola privada. Após o levantamento e seleção dos conteúdos e tarefas, os dados foram analisados. Os resultados indicam que a abordagem da TDC, nos dados considerados, é uma estratégia válida para ensinar o pensamento algébrico nos anos iniciais, todavia, é empregada de forma descontextualizada e sem associação entre os domínios verbal e não-verbal. Sugere-se que as políticas públicas que fomentam a elaboração dos livros didáticos ou a formação inicial e continuada de professores considerem em suas abordagens a TDC, visando implementar adequadamente imagens em uma estreita relação com o conteúdo e suas tarefas, de maneira indissociável.

Biografia do Autor

Danieli Yngridi Neves Melo, Universidade Federal do Pará

Graduada em Licenciatura Integrada em Ciências, Matemática e Linguagem pela Universidade Federal do Pará. Graduanda em Pedagogia Universidade da Amazônia.

Ana Mara Coelho da Silva, Universidade Federal do Pará

Doutoranda em Educação em Ciências e Matemáticas pela Universidade Federal do Pará (UFPA/IEMCI). Mestra em Docência em Educação em Ciências e Matemáticas pela Universidade Federal do Pará (2019). Especialista em Transtorno do Espectro Autista pela Universidade do Estado do Pará (2023)). Especialista em Educação Inclusiva e o Ensino da Matemática pela Universidade do Estado do Pará (2013); Especialista em Educação Social para a Juventude pela Universidade do Estado do Pará (2011). Graduada em Matemática pela Universidade Federal do Pará (2011); ; Professora de Matemática na Rede Municipal de Educação de Belém (SEMEC/PA); Professora Classe II de Educação Especial (SEDUC/PA) e membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Mente, Cérebro e Educação da Universidade Federal do Pará. Possui experiência em Atendimento Educacional Especializado, com ênfase na elaboração e adaptação de Materiais Acessíveis para alunos com Deficiência Visual, Formação continuada de professores na perspectiva da inclusão.

Marcos Guilherme Moura Silva, Universidade Federal do Pará

Doutor em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal do Pará (2019). Mestre em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal do Pará (2014). Licenciado em Matemática pela Universidade Federal do Pará (2011). É Professor permanente do Programa de Pós Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas (PPGECM/UFPA), atuando na graduação pela Faculdade de Educação Matemática e Científica (FEMCI). Atualmente é Coordenador do Programa de Pós Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas (PPGECM/UFPA) e líder do grupo de NeuroEducação Matemática vinculado ao diretório de grupos do CNPq. Investiga temas relacionados à Mente, Cérebro e Educação, e formação de professores que ensinam matemática.

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