Análise de paradoxos, com base na memória e identidade, do protagonista de "A máquina de fazer espanhóis"
Resumo
O presente artigo propõe uma análise da identidade, inconstante e indefinível, tendo como corpus o romance contemporâneo de Valter Hugo Mãe, A Máquina de Fazer Espanhóis. O objeto de estudo será o narrador-personagem António Jorge da Silva. Por meio de memórias, percebe-se que a construção da identidade desse ser fragmentado é consequência de uma ditadura que o influenciou e uma vida que orbitou em torno de seu egoísmo. Para explicitar tal afirmação, destacam-se passagens do livro que, ao demonstrar a oscilação de conduta perante a moral, contrapõe radicalmente as atitudes duvidosas do personagem ao evidenciar a estabilidade do amor conjugal e fraterno, mostrando-se como amparo a uma identidade instável.Referências
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