Análise de paradoxos, com base na memória e identidade, do protagonista de "A máquina de fazer espanhóis"

  • Eduardo Pereira Machado Universidade La Salle
  • Jenifer Schnorr Simão Unilasalle
  • July Helen Valle da Silva Unilasalle
Palavras-chave: identidade, memória, Valter Hugo Mãe

Resumo

O presente artigo propõe uma análise da identidade, inconstante e indefinível, tendo como corpus o romance contemporâneo de Valter Hugo Mãe, A Máquina de Fazer Espanhóis. O objeto de estudo será o narrador-personagem António Jorge da Silva. Por meio de memórias, percebe-se que a construção da identidade desse ser fragmentado é consequência de uma ditadura que o influenciou e uma vida que orbitou em torno de seu egoísmo. Para explicitar tal afirmação, destacam-se passagens do livro que, ao demonstrar a oscilação de conduta perante a moral, contrapõe radicalmente as atitudes duvidosas do personagem ao evidenciar a estabilidade do amor conjugal e fraterno, mostrando-se como amparo a uma identidade instável.

Biografia do Autor

Eduardo Pereira Machado, Universidade La Salle
Professor orientador. Doutorando em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Mestre em Letras pelo Centro Universitário Ritter dos Reis (2009), Especialista em Estudos Clássicos pela Universidade de Coimbra (2012), Especialista em Ensino de Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Luterana do Brasil (2005) e Licenciado em Letras pela mesma Universidade (2003).
Jenifer Schnorr Simão, Unilasalle
Graduanda do curso de Letras – Habilitação em Língua portuguesa e Respectivas literaturas na Universidade La Salle de Canoas.
July Helen Valle da Silva, Unilasalle
Graduanda do curso de Letras – Habilitação em Língua portuguesa e Respectivas Literaturas na Universidade La Salle de Canoas.

Referências

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Publicado
2020-10-05