Memória, traço e esquecimento nas obras de Fabián Severo
Resumo
Fabián Severo escreve poemas nos quais os versos contam, numa polifonia de vozes, ações realizadas e lugares esquecidos, como a fronteira Artigas (Brasil e Uruguai). São recortes temporais – presente, passado e futuro –, que se instauram nos enredos dentro de uma respeitosa consignação, com começo, meio e, às vezes, fim, o que confirma o encargo da fragmentação que implica o arquivamento da memória. O sujeito poético potencializa a vontade de arquivamento de sua história, respirando por todos os poros de seu corpo, e aguarda, sem pretensão, uma possível disseminação. Ao mesmo tempo, pratica, através de suas impressões, um desejo de memória. O escritor trabalha com suas lembranças, de seus vizinhos e de personagens fictícios. Seu discurso ultrapassa a autobiografia numa liberdade criativa que proporciona uma flexibilidade entre o real e a ficção.Referências
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