DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM DO ESPANHOL NO BRASIL: REFLEXÕES SOBRE A ESCRITA
Resumo
O objetivo desta pesquisa é apresentar algumas dificuldades dos aprendizes brasileiros em relação à escrita em língua espanhola. Os aspectos apresentados serão abordados em linhas gerais. Quanto à escolha do tema, esta tem um caráter subjetivo, motivada pela dupla experiência como estudante e professora de Espanhol como Língua Estrangeira (E/LE). Atualmente, há uma grande demanda pelo ensino e aprendizagem da língua espanhola, mas, diferentemente do que muitos acreditam, o espanhol não é uma língua tão fácil para os brasileiros, uma vez que a semelhança entre as duas línguas faz com que a primeira etapa de aprendizagem seja de grande estímulo e motivação, visto que o mínimo de conhecimento de espanhol permite ao aluno entender o que lê e escuta e comunicar o imprescindível; porém, nas etapas mais avançadas, a semelhança constitui uma fonte contínua de interferência. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica explicando o problema em questão a partir de referências teóricas. Há tempos tem preocupado docentes e investigadores o papel que a LM desempenha na aquisição de LE, de forma que a teoria linguística e a da aprendibilidade têm estado presentes nas últimas décadas com a finalidade de ajudar a compreender melhor o papel da LM na aquisição de LE. Por outro lado, tem-se o ensino da escrita em LE como um fenômeno complexo, cuja caracterização é possível na medida em que o docente a relaciona com um contexto específico, observando fatores diversos, como a natureza da escrita em LE e seu ensino, no qual se inter-relacionam enfoques didáticos e concepções curriculares.Referências
ALMEIDA FILHO, J. C. Paes. "Uma metodologia específica para o ensino de línguas próximas? Português para estrangeiros interface com o espanhol. Campinas: Pontes, 2001.
ALMEIDA FILHO, J. C. P de. ¿Lengua después de cultura o después de cultura, lengua? Aspectos de la enseñanza de la interculturalidad. Tradução do artigo presente In: CUNHA, Maria Jandyra Cavalcanti; SANTOS, Percília. Tópicos em Português Língua Estrangeira. Brasília: Editora UNB, 2002, p. 209-215.
ALMEIDA FILHO, J.C. Uma metodologia específica para o ensino de línguas próximas? In : ___ (org.). Português para estrangeiros interface com o espanhol. Campinas, SP: Pontes, 1995.
BECHARA, S. F.; MOURE, G. W. Ojo con los falsos amigos. São Paulo: Editora Moderna, 1998.
BRAIT, B. (Org.) Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005.
BROWN, Douglas M. Principles of language learning and teaching. 4th ed. White Plains: Longman, 2000.
CHOMSKY, N. Aspects of the Theory of Syntax. Cambridge, MA: MIT Press, 1965.
Consejo de Europa (2002). Marco Común Europeo de Referencia para las Lenguas: Aprendizaje, Enseñanza y evaluación. (Trad. Ministerio de Educación, Cultura y deporte). Madrid: Grupo Anaya.
CORDER, Stephen Pit. The significance of learner errors. International Review of Applied Linguistics (IRAL), v. 5, 1967.
CORDER, S.P. Idiosyncractic dialects and error analysis. International Review of Applied Linguistics, (IRAL), V9, n2,1971.
DUARTE, C. A. Diferencias de usos gramaticales entre portugués/español. Colección Temas de español. Madrid: Edinumen, 1999.
DURÃO, Adja Balbino de Amorim Barbieri. Análisis de errores en la interlengua de brasileños aprendices de español y de españoles aprendices de portugués. 2. ed. mod. Londrina: Eduel, 2004.
FERNANDEZ, Y. R. A Presença de Erros na Interlíngua de Estudantes Brasileiros Aprendizes de Espanhol. Revista Desempenho, v. 12, n. 1, junho/2011.
FERNÁNDEZ, S. Interlengua y análisis de errores en el aprendizaje del Español como lengua extranjera. Madrid: Edelsa,1997.
LLOPIS GARCÍA, R. Desarrollo de la comprensión y expresión escrita. Diploma de formación y actualización de profesores de español como lengua extranjera. 2 ed. Valencia: Universitat de València, 2011.
_________. Escribir sin pensar, ni pensarlo! Organizar la expresión escrita. In: Fernández Colomer, M. J.; ALBELDA MARCO, M. A. (Orgs.). Actas del Foro de profesores de E/ELE, 3, Universitat de València, 2007.
_________. La comprensión lectora, esa gran incomprendida!. In: FERNÁNDEZ COLOMER, M. J.; ALBELDA MARCO, M. A. (Orgs.). Actas del Foro de profesores de E/ELE, 3, Universitat de València, 2008.
MASIP, V. Gramática española para brasileños: morfosintaxis. Tomo I. 2ª ed. Madrid: Difusión, 2000.
MÉNDEZ, Á. A. La cultura española más allá de los tópicos. In ¿Qué español enseñar?: norma y variación lingüísticas en la enseñanza del español a extranjeros: actas del XI Congreso Internacional ASELE, Zaragoza, 2000.
MOITA LOPES, L. P. Afinal, o que é lingüística aplicada. In: Moita Lopes, L. P. Oficina de lingüística aplicada. Campinas: Mercado de Letras, 1996.
ORTÍZ ALVAREZ, M. L. A transferência, a interferência e a interlíngua no ensino de línguas próximas. 2002. Disponível em: < http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000012002000100039&script=sci_arttext>. Acesso em: 10 jun. 2017.
ZAMUDIO, Celia (2008): La revisión de textos en el aula. Una guía para el maestro, México, INEE.
SELINKER, L. (1972). Interlanguage. Product Information International Review of Applied Linguistics in Language Teaching, 10, 209-241. http://dx.doi.org/10.1515/iral.1972.10.1-4.209
SOBRAL, A. Do dialogismo ao gênero: as bases do pensamento do círculo de Bakhtin. São Paulo: Mercado das Letras, 2009.
RICOEUR, P. (1978). O conflito das interpretações: ensaios de hermenêutica. (H. Japiassu, trad.). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Trabalho original publicado em 1969).
WARDHAUGH, Ronald. "The Contrastive Ana/ysis Hypothesis", ln: 1970 Tesol Meetings, San Francisco, March 19, 1970.
VÁSQUEZ, GRACIELA. ¿Errores?¡Sin falta! Programa de Autoformación y Perfeccionamiento del Profesorado. Madrid: Edelsa, Grupo Didascalia, S.A., 1999.
a) permitem a reprodução total dos textos, desde que se mencione a fonte.
b) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional;
c) autorizam licenciar a obra com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
d) responsabilizam-se pelas informações e pesquisas apresentadas nos textos a serem publicados na Revista Primeira Escrita, eximindo a revista de qualquer responsabilidade legal sobre as opiniões, ideias e conceitos emitidos em seus textos;
e) comprometem-se em informar sobre a originalidade do trabalho, garantindo à editora-chefe que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s), quer seja no formato impresso ou no eletrônico;
f) autorizam à Revista Primeira Escrita efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical com vistas a manter o padrão normativo da língua e apresentarem o padrão de publicação científica, respeitando, contudo, o estilo dos autores e que os originais não serão devolvidos aos autores;
g) declaram que o artigo não possui conflitos de interesse.