O MAPA CONCEITUAL COMO INSTRUMENTO DE ENSINO/APRENDIZAGEM DE ALUNOS SURDOS: O QUE DIZEM AS PESQUISAS
Resumo
Buscou-se caracterizar, por meio de pesquisas empíricas concluídas, as possibilidades do gênero textual mapa conceitual como um recurso a ser utilizado no processo de ensino de alunos surdos, usuários de Libras, e a sua viabilidade como estratégia facilitadora do processo de aprendizagem desses alunos. Esta produção resulta de uma pesquisa bibliográfica com análise qualitativa. A base de dados foram cinco pesquisas empíricas (ALMEIDA, 2013; SOUZA; MARTINS, 2015a; SOUZA; MARTINS, 2015b; CHARALLO; FREITAS; ZARA, 2017; SANTOS et al., 2018) com objetivos afins, isto é, o uso do gênero textual mapa conceitual como instrumento pedagógico para os processos de ensino e de aprendizagem do aluno surdo. As pesquisas utilizadas foram selecionadas em plataformas eletrônicas que são suportes de produções científicas. Conclui-se que o uso do mapa conceitual como recurso didático-pedagógico favorece, sobremaneira, os processos de ensino e de aprendizagem dos alunos surdos. Nota-se que o uso desse recurso relaciona-se ao reconhecimento das potencialidades visuais dos alunos surdos e ao benefício da exploração de recursos afins – Pedagogia Visual – para a aquisição de conhecimento desses alunos.Referências
ALMEIDA, Simone Dávila. A utilização da pedagogia visual no ensino de alunos surdos: uma análise do processo de formação de conceitos científicos. In: Encontro da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial, 8. 2013, Londrina. Anais do VIII Encontro da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial. Londrina: ABPEE, 2013. p. 3626-3635
BRASIL. Decreto n° 5.626, 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm> Acesso em: 20 Ago. 2018.
BRASIL. Lei n° 10.436, 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm> Acesso em: 20 Ago. 2018.
CHARALLO, Thalita; FREITAS, Kátya; ZARA, Reginaldo. Mapa conceitual semiestruturado no ensino de conceitos químicos para alunos surdos. In: Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 11. 2017, Florianópolis. Anais do XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis: UFSC, 2017. p. 1-9
CROCHÍK, José Leon. Normalização e diferenciação do indivíduo com deficiência mental: uma análise do filme Os dois Mundos de Charly. Contemporaneidade e Educação, v. 16, p. 19-29, 2007.
DORZIAT, Ana. Estudos surdos: diferentes olhares. Porto Alegre: Mediação, 2011.
FRONZA, Cátia; MUCK, Gisele. Usando as chaves dos conceitos sobre concepções quanto ao ensino e à aprendizagem de língua por surdos. In: LOPES, Maura. (Org.). Cultura surda e Libras. Porto Alegre: Unisinos, 2012. p. 78-107
GESSER, Audrei. Libras? Que Língua é essa?: crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola, 2009.
GÓES, Alexandre; CAMPOS, Mariana. Aspectos da gramática da Libras. In: LACERDA, Cristina; SANTOS, Lara (Orgs.). Tenho um aluno surdo, e agora?: introdução à Libras e a educação de surdos. São Carlos: Edufscar, 2013. p. 65-80
LACERDA, Cristina. Intérprete de Libras em atuação na educação infantil e no ensino fundamental. Porto Alegre: Editora Mediação, 2015.
______; SANTOS, Lara; CAETANO, Juliana. Estratégias metodológicas para o ensino de alunos surdos. In: ______; ______ (Orgs.). Tenho um aluno surdo, e agora?: introdução à Libras e a educação de surdos. São Carlos: Edufscar, 2013. p. 185-200
MOREIRA, Marco. Mapas conceituais e aprendizagem significativa. In: Cadernos do Aplicação, 11 (2): 143-156, 1998.
SANTOS, João Lucas (et al.). Pedagogia visual na educação de surdos: uso de mapas conceituais como estratégia pedagógica. In: Colóquio Internacional Educação, Cidadania e Exclusão, 5. 2018, Niterói. Anais do V Colóquio Internacional Educação, Cidadania e Exclusão. Niterói: UFF, 2018. Disponível em: <http://www.editorarealize.com.br/revistas/ceduce/trabalhos/TRABALHO_EV111_MD1_SA10_ID1341_03062018221807.pdf> Acesso em: 20 Ago. 2018.
SKLIAR, Carlos (Org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 2013.
SOUZA, Darci; MARTINS, Tania Aparecida. O mapa conceitual no ensino de matemática para surdos: aprendizagem visual e significativa. In: Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor – PDE. Curitiba: Secretaria de Educação, 2015a. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unioeste_edespecial_artigo_darci_dos_santos_souza.pdf> Acesso em: 20 Ago. 2018.
SOUZA, Neuza Maria; MARTINS, Tania Aparecida. O mapa conceitual no ensino da geografia para alunos surdos: em busca de uma metodologia visual. In: Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor – PDE. Curitiba: Secretaria de Educação, 2015b. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unioeste_edespecial_artigo_neuza_maria_pereira_de_souza_cesario.pdf> Acesso em: 20 Ago. 2018.
STROBEL, Karin. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: UFSC, 2008.
a) permitem a reprodução total dos textos, desde que se mencione a fonte.
b) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional;
c) autorizam licenciar a obra com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
d) responsabilizam-se pelas informações e pesquisas apresentadas nos textos a serem publicados na Revista Primeira Escrita, eximindo a revista de qualquer responsabilidade legal sobre as opiniões, ideias e conceitos emitidos em seus textos;
e) comprometem-se em informar sobre a originalidade do trabalho, garantindo à editora-chefe que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s), quer seja no formato impresso ou no eletrônico;
f) autorizam à Revista Primeira Escrita efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical com vistas a manter o padrão normativo da língua e apresentarem o padrão de publicação científica, respeitando, contudo, o estilo dos autores e que os originais não serão devolvidos aos autores;
g) declaram que o artigo não possui conflitos de interesse.