POR UMA PEDAGOGIA HUMANITÁRIA: EPISTEMOLOGIAS/SABERES, SULEANDO CAMINHOS DE ESCUTA
Resumo
O presente trabalho propõe ressignificar trilhas do aprender, caminhos educacionais e metodológicos visando à percepção de outros saberes. Nesse sentido, abarca a metodologia natural do tempo, em que a escuta tem outros espaços, outras convivências, outros instrumentos. Ao significar uma escuta diferenciada, o olhar metodológico por meio da poesia da música, o olhar se modifica, pois abrimos e entendemos as experiências, as civilizações. O valor do tempo e do espaço vem antes de qualquer existência, ele não está fora de mim e não é isolado, ele é instituinte e instituído, o tempo construído é resultado de nós mesmos. Nesse movimento multicultural, permitimos deslocar a retina para nuances imperceptíveis/perceptíveis, de valor humanitário, instituem-se as vozes, emitindo as ecologias dos saberes, a relação identitária, intersubjetiva. Ao valorizar as vozes, por meio da musicalidade e da cultura afro-andino-latino-americana, tem-se o sentido de recriar as vivências, o respeito, a alteridade. Concebe-se o sulear das formas em diferentes universos, pois é por meio da reflexão desse sentir, pensar e agir que nos situamos, nos relacionamos, compreendemos quem somos e o mundo que nos cerca. Dialogando com a teoria fenomenológica compreendemos que o tempo tem o movimento do devir esferencial. O ato de ouvir representa o ressignificar, quer seja o valor do ser na existência da cultura indígena ou africana tradicional, desvelam-se sentidos ancestrais, que vão ao encontro das raízes culturais, conhece-se como elas foram e são constituídas. Temos muito a aprender com os nativos da terra, com essas culturas, pois o tempo vivido desses povos tem um outro cronos.Referências
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