Ostensivos e a Construção do Conceito de Coordenadas no Ensino Fundamental

Resumo

Neste artigo, apresentamos uma análise de livros didáticos centrada na construção do conceito de coordenadas no plano cartesiano. Utilizamos os resultados de uma pesquisa em desenvolvimento realizada pelo primeiro autor do artigo no mestrado em Educação Matemática que, em virtude dos dados produzidos, permitiu um novo olhar para os elementos presentes na atividade matemática relacionada ao ensino de coordenadas cartesianas. Analisamos coleções de livros didáticos dos anos iniciais e finais do ensino fundamental, de mesma autoria, aprovadas no período de vigência dos Parâmetros Curriculares Nacionais e que continuaram aprovadas com a Base Nacional Comum Curricular. A análise foi realizada à luz da Teoria Antropológica do Didático e direcionamos nosso foco à definição do conceito de objetos ostensivos. Os resultados evidenciam, entre outros, as diferentes maneiras pelas quais o conceito de coordenadas é construído desde os primeiros anos escolares e os diferentes ostensivos utilizados nesse processo até chegar à representação matemática de pares ordenados no plano cartesiano, que se torna o principal ostensivo utilizado para representar pontos e passa a ser utilizado inclusive para a resolução de tarefas de outros objetos matemáticos.

Biografia do Autor

Filipe Adegas, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Estudante do Mestrado em Educação Matemática - PPGEdumat, sendo aprovado em 2024 no 3 lugar e também é membro do DDMat - Grupo de Estudos em Didática da Matemática. Concluinte do curso Técnico Integrado em Informática do IFMS Campus Aquidauana. Formado em Matemática Licenciatura pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus Aquidauana (UFMS - CPAQ) desde 2023, sendo aprovado em 1 lugar no Vestibular UFMS em 2020. Participou do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) na escola Cândido Mariano em Aquidauana MS de 2020 até 2022 e participou do Programa Residência Pedagógica na escola Dóris Mendes Trindade em Aquidauana MS de 2022 a 2024. Foi monitor e ministrante do projeto de ensino Matemática Básica do CPAQ. Participou do Programa Institucional de Iniciação Científica Voluntária e Iniciação Tecnológica Voluntária (PIVIC E PIVITI) da UFMS em 2022 e 2023, e de atividades orientadas de ensino de 2021 a 2023. É pesquisador em Educação Matemática, com um desejo de contribuir para o avanço da área de pesquisa, e membro da SBEM. Possui interesse em atividades extraclasse como Feiras de Ciências, monitorias de ensino, projetos de ensino e extensão. Possui interesse pelos temas: Educação Matemática, Didática da Matemática, Teoria Antropológica do Didático, Teoria das Situações Didáticas, Álgebra Linear, Economia, Investimentos, Câmbio.

Marilena Bittar, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Professora Titular Sênior do Instituto de Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da UFMS, do qual foi coordenadora de 2007 a 2011 e de 2013 a 2016; Pesquisadora Produtividade Pesquisa do CNPq. Graduada em Matemática- Licenciatura Plena pela UFMS (1984), mestre em Matemática pela Universidade de Brasília (1987), doutora em Didática da Matemática pela Universidade Joseph Fourier / Grenoble I , França (1998) e pós doutora em Educação Matemática pela Universidade Grenoble-Alpes. É membro do GT 14 (SBEM) - Didática da Matemática, do qual foi líder fundadora e coordenou de 2014 a 2018; é líder do DDMat - Grupo de Estudos em Didática da Matemática. Foi membro do Grupo Assessor Especial da Diretoria de Relações Internacionais da CAPES-DRI. Desenvolve e orienta pesquisas em Didática da Matemática desde 1999, com foco, principalmente, na Teoria das Situações Didáticas (TSD) e na Teoria Antropológica do Didático (TAD). Um dos seus centros de interesse é a análise de livros didáticos de matemática, para a qual desenvolveu um modelo baseado na TAD. Além disso, tem investigado , junto com orientados e participantes do DDMat, escolhas de professores em suas aulas de matemática. Tem desenvolvido parceria com pesquisadores franceses desde o inicio da década de 2000 e mais recentemente com pesquisadores espanhóis. Participou como avaliadora e como coordenadora adjunta de diversas edições do PNLD. É editora da revista Perspectivas da Educação Matemática. Atuou como consultora Individual Especialista Pedagógica na área de Matemática e suas Tecnologias para apoiar a Coordenação-Geral do Ensino Médio do Ministério da Educação (COGEM/MEC) nas ações relacionadas a Lei no 14.945, de 31 de julho de 2024, que reestrutura a Política Nacional de Ensino Médio (PNAEM).

Publicado
2025-08-26
Seção
Trabalho Completo – Comunicação Oral - XIX SESEMAT - 2025