OS CAMINHOS DA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES QUE ENSINAM MATEMÁTICA

  • Wanderleya Nara Gonçalves Costa UFMT
  • Admur Severino Pamplona UFMT
Palavras-chave: Educação Matemática, Formação de professores, Comunidades de Prática, Extensão Universitária, PET, PIBID

Resumo

Neste artigo são apresentados os resultados da pesquisa orientada pela questão “quais têm sidos os caminhos trilhados na formação continuada de professores que ensinam matemática no Brasil?”. O propósito foi identificar as ações mais frequentemente adotadas na formação continuada e destacar os referenciais teóricos que amparam as ações para, em seguida, detectar proximidades ou distanciamentos com relação ao programa que temos desenvolvido. Para tanto, em nosso próprio trabalho e em trabalhos apresentados na XIII CIAEM (Conferência Interamericana de Educação Matemática), buscamos detectar: a) as ações/dinâmicas mais frequentes nos projetos ou programas de formação continuada, b) o contexto onde elas ocorrem, c) os temas foco dos trabalhos e d) os referenciais teóricos que amparam as ações. Então, foi possível observar que a maioria das ações incluem cursos e oficinas que se pautam pela resolução de problemas, análise de erros, modelagem matemática, atividades investigativas e jogos. A maioria dos trabalhos, assim como o nosso, revelou o forte uso das novas tecnologias. Percebemos também que quase totalidade das ações de formação continuada tem sido presenciais. Quanto aos referenciais teóricos adotados, grande diversidade foi observada. Assim, com relação aos métodos utilizados, detectamos aproximações entre o nosso trabalho e o que vem ocorrendo em outras instituições e regiões do País. Entretanto, no que diz respeito ao referencial teórico, não foram detectadas aproximações entre o nosso e outros trabalhos, o que se tem refletido numa quase que completa dissociação entre a formação continuada e inicial de professores – algo que não ocorre em nosso programa. 

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Seção
Trabalhos de Comunicação Oral - XV SESEMAT - 2021