Corpos (não tão) dóceis
o rock e a juventude “indisciplinada” e “incivilizada”
Resumen
Os corpos da juventude contracultural e roqueira tornaram-se protagonistas nos anos pós-segunda guerra mundial. Galgaram tal posição a despeito da coerção e censura ditadas pelos mecanismos de disciplinarização e processos civilizadores da moderna sociedade ocidental. Nosso artigo intenta discutir tal processo, verificando como os gestos, movimentos e comportamentos dos corpos roqueiros, junto das ideias e representações do rock, instituíram uma via ideal para liberação de tensões sociais acumuladas.
Descargas
Biografía del autor/a
Possui graduação em História pela Faculdade de Ciências e Letras - UNESP, Câmpus de Assis (2017). Atualmente é mestrando pela Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Unifesp, Câmpus de Guarulhos.
Citas
ALBUQUERQUE, L. M. B. de. Corpo civilizado, corpo reencantado: o moderno e o alternativo nas representações do corpo. Motriz, Rio Claro, v. 5, p. 7-9, 1999.
BIAGI, Orivaldo Leme. A Contracultura e o Rok'nRoll: A Relação dos Movimentos de Contestação Social e a Música Jovem dos Anos 60 e 70. MOMENTUM, v. 1, n. 7, p. 163-184, 2009.
CÉSAR, M. R. de Assis. Da adolescência em perigo à adolescência perigosa. Educar em Revista, Curitiba, v. 15, p. 10-18, 1999. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.187
CHACON, Paulo. O que é rock? São Paulo: Brasiliense, 1982.
COHEN, Renato. Performance como linguagem. São Paulo: Perspectiva: EDUSP, 1989.
Conflitos e loucuras entre os jovens nas exibições do filme Rock around the clock. Folha da Noite, 02 out. 1956. Disponível em: http://almanaque.folha.uol.com.br/ilustrada_02out1956.htm. Acesso em: 01 jun. 2020.
DINIZ, S. C. Desbundados & Marginais: MPB e contracultura nos anos de chumbo (1969-1974). Tese (Doutorado em Sociologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2017.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história dos costumes. Rio de Janeiro: ZAHAR, 1990.
ENCARNAÇÃO, P. G. da. Cabeludos e guedelhudos: o rock no Brasil e em Portugal e sua recepção na imprensa (1970/1985). Artcultura, Uberlândia, v. 17, n. 31, 2015.
ENCARNAÇÃO, P. G. da. Rock cá, Rock lá: A produção roqueira no Brasil e em Portugal – 1970/1985. São Paulo: Intermeios, 2018.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: história da violência nas prisões. Petrópolis: Vozes, 1987.
JACQUES, Tatyana de Alencar. Comunidade rock: visões de mundo e categorias musicais. Música e Cultura, n. 5, 2009.
MERHEB, Rodrigo. O fantasma da eletricidade: Bob Dylan, o fim do rock and roll e o nascimento do rock moderno. In: SOUSA, Rainer Gonçalves (org.). Nas trilhas do rock: experimentalismo e mercado musical. Goiânia: Kelps, 2018.
MOREIRA, Roger. “Inútil”. Intéprete: Ultraje a Rigor. In: Nós Vamos Invadir sua Praia. WEA, 1985. LP, faixa 06.
NAPOLITANO, Marcos. “Seguindo a canção”: engajamento político e indústria cultural na MPB (1959-1969). São Paulo: Annablume, 2001.
NAPOLITANO, Marcos; VILLAÇA, Mariana Martins. Tropicalismo: As Relíquias do Brasil em Debate. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 18, n. 35, São Paulo, 1998. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-01881998000100003
NIKLAS, Jan; BARROS, Luiza. Novo presidente da Funarte diz que rock leva ao aborto e ao satanismo. O Globo, 02 dez. 2019. Disponível em: https://oglobo.globo.com/cultura/novo-presidente-da-funarte-diz-que-rock-leva-ao-aborto-ao-satanismo-24112509. Acesso em: 20 jan. 2020.
NOLETO, Rafaela da Silva. "Eu sou uma fruta 'gogóia', eu sou uma moça": Gal Costa e o Tropicalismo no feminino. Per musi, Belo Horizonte, n. 30, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-75992014000200009
PEREIRA, Carlos Alberto M. O que é Contracultura. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984.
ROCHEDO, Aline. Um olhar sobre o livro, Rock and roll: Uma história social. Cadernos do Tempo Presente, v. 13, p. 71-75, 2013.
ROSA, Fernando. A Hora do Rock. Super Interessante, 31 out. 2016. Disponível em: https://super.abril.com.br/cultura/a-hora-do-rock/. Acesso em: 20 jan. 2020.
ROSZAK, Theodore. A Contracultura. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1972.
SAVAGE, Jon. A criação da juventude: como o conceito de teenage revolucionou o século XX. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.
SEIXAS, Raul. “Rock do diabo”. Intérprete: Raul Seixas. In: Novo Aeon. Philips Records, 1975. LP, faixa 02.
SHUKER, Roy. Vocabulário de música pop. São Paulo: Hedra, 1999.
VARGAS, Herom. Rock e música pop: espetáculo, performance, corpo. Revista IMES, São Caetano do Sul, p. 25-32, 2002.
VELOSO, Caetano. “Alegria, Alegria”. Intérprete: Caetano Veloso. In: Caetano Veloso. Philips Records, 1968. LP, faixa 04.
VIGARELLO, Georges. Panóplias corretoras: balizas para uma história. In: SANT’ANNA, D. B. (org.). Políticas do Corpo: elementos para uma história das práticas corporais. São Paulo: Estação Liberdade, 1995.
Derechos de autor 2020 albuquerque: revista de historia
Esta obra está bajo licencia internacional Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObrasDerivadas 4.0.
Los derechos de autor pertenecen a esta revista. Las opiniones y puntos de vista presentes en los artículos son responsabilidad de sus autores y no necesariamente representan las posiciones oficiales de albuquerque: revista de historia.
.png)
