O imaginário social como um campo de disputas
um diálogo entre Baczko e Bourdieu
Resumo
Este artigo se propõe a estabelecer uma relação entre os conceitos de imaginário social, proposto pelo historiador polonês Bronislaw Baczko, e campo, do sociólogo francês Pierre Bourdieu. Partindo da concepção de imaginário social como um sistema de símbolos presente no cotidiano dos indivíduos, que lhe atribuem valor real e concreto, tal categoria pode ser inserida em uma arena de conflitos e disputas entre classes ou suas frações tendo em vista a consecução de visões de mundo ou suas hierarquizações, espaço pertinente ao conceito de campo de Bourdieu.
Downloads
Referências
BACZKO. B. Imaginação social. In: Enciclopédia Einaudi. Antropos-Homem. Lisboa: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1985
BITTENCOURT, J. B. M.. O pensamento social como ferramenta de transformação política: um diálogo entre Pierre Bourdieu e Cornélius Castoriadis. Ciências Sociais Online (UFJF), v. V, p. 154-169, 2008.
BOURDIEU, Pierre. Une classe objet. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, Paris, v. 17/18, 1977. (pp. 2-5).
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 10ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007
BOURDIEU, Pierre. Homo academicus. 2ª Ed. UFSC, 2013.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2011
BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social do julgamento. 2 ed. Porto Alegre: Zouk, 2011.
CARVALHO, J. M. A Formação das almas: o imaginário da república no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
CARVALHO, J. E. C. Imaginário e representações sociais. Revista de Ciências Humanas (Florianópolis) , Florianópolis: EDUFSC, p. 25-33, 2002.
CASTORIADIS, Cornelius. A instituição imaginária da sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010.
CATANI, Afrânio e NOGUEIRA, Maria Alice (orgs). Pierre Bourdieu. Escritos de educação. 12.ed. Petrópolis: Vozes, 2011
CHARTIER, Roger. Introdução. Por uma sociologia histórica das práticas culturais. In: CHARTIER, Roger. A História Cultural entre práticas e representações. Col. Memória e sociedade. Trad. Maria Manuela Galhardo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1990, p. 13-28
CHARTIER, Roger. O mundo como representação. In: CHARTIER, Roger. À beira da falésia: a história entre incertezas e inquietude. Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2002, p. 61-80
COELHO, T. Dicionário crítico de política cultural: cultura e imaginário. São Paulo: Iluminuras, 1997
DURAND, G. As estruturas antropológicas do imaginário. São Paulo: Martins Fontes, 1998
ELIAS, Norbert. Os estabelecidos e os Outsiders. Sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
ESPIG, M. J. . O conceito de imaginário: reflexões acerca de sua utilização pela História. Textura (Canoas), Canoas, v. n.9, p. 49-56, 2004
GROSSI, Paolo. Mitologias jurídicas da modernidade. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2007
ORTIZ, Renato. A procura de uma Sociologia da prática. In: BOURDIEU, Pierre. Sociologia. São Paulo: Ática, 1983.
ROULAND, Norbert. Nos confins do direito: antropologia jurídica da modernidade. São Paulo: Martins Fontes. 2008
THOMPSON. E. P. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das letras, 1998
Copyright (c) 2016 albuquerque: revista de história
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Direitos Autorais para artigos publicados neste periódico são todos cedidos à revista. As opinições e pontos de vista presentes nos artigos são de responsabilidade de seus/suas autores/as e não representam, necessariamente, as posições e visões de albuquerque: revista de história.